Chuvas dificultam andamento da colheita de soja em todo o país e com isso exportações demoram a engrenar, dificultando a vida dos agricultores.
A soja encerrou o primeiro dia da semana acompanhando a valorização da cotação do dólar, o preço desta em Chicago fechou o dia a US$ 13,88/bu no vencimento para maio/21. No Brasil, referência Paranaguá, a oleaginosa fechou o dia a R$ 162,96/sc, desvalorização de 0,45%. Tal comportamento no mercado interno é reflexo do atraso da colheita e line-up dos portos que está impactando de forma negativa os prêmios de exportação.
As exportações semanais demonstraram que os embarques de soja continuaram a acelerar, apesar do carnaval ter interrompido os trabalhos nos portos. Foram 698,01 mil toneladas de oleaginosa enviadas para fora do país na última semana, desempenho 26,69% melhor do que na segunda semana de fevereiro/21. Com isto, a média diária embarcada atingiu 96,07 mil toneladas, 74,38% superior no comparativo semanal.
Boi Gordo
De maneira lenta e com poucos negócios realizados, o preço do boi gordo manteve-se estável em grande parte do país. Em São Paulo, a referência para negócios vai até os R$ 305,00/@ para animais tipificados como exportação. O mercado da carcaça bovina seguiu o mesmo sentido, demonstrando um movimento lateralizado na segunda-feira. Na B3, o stress do dólar abriu espaço para que o vencimento para março/21 atingisse R$ 299,90/@, valorizando 0,76%.
O fim do feriado do ano novo chinês trouxe de volta os compradores ao mercado de carne bovina brasileira, e com isso, os embarques de proteína bovina voltaram a apresentar melhora nos volumes embarcados. Foram 26,33 mil toneladas enviadas para fora do país na última semana, em comparação a semana retrasada observa-se um aumento de 22,83%.
Com este incremento, a média diária do mês cresceu 21,94%, atingindo 5,49 mil toneladas/dia. Cabe a ressalva de que apesar desta recuperação, a expectativa ainda é que o volume exportado em fevereiro/21 seja menor que em fevereiro/20
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Milho
Puxado pelo dólar, que subiu 0,58%, e pela crescente preocupação com a safrinha, o preço do milho no mercado físico continuou sua trajetória de alta, batendo os R$ 84,50/sc na praça de Campinas/SP. O atraso da semeadura em várias partes do país tem preocupado os participantes do mercado. Na B3, o vencimento para setembro/21 registrou valorização de 1,40%, batendo sua máxima desde o início dos negócios, ficando cotado a R$ 77,68/sc.
Mesmo com dois dias úteis a menos que na semana retrasada, os embarques de milho na última semana aceleraram, superando em 33% o volume da segunda semana de fevereiro/21. Foram 248,16 mil toneladas de cereal enviadas para fora do país nos três dias úteis da semana passada, elevando a média diária dos embarques para 57,93 mil toneladas.
Os portos correm para escoar o restante de milho que ainda resta no mercado interno, visto que a soja já está “batendo nas portas” dos portos
Fonte: Agrifatto