Após articulação da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), governo de Mato Grosso revoga cobrança de taxa extra para pecuaristas
O Governo de Mato Grosso revogou dispositivo da Lei de Defesa Sanitária (nº 1.0486 de 28/12/16) que previa a cobrança de uma nova taxa para pecuaristas a partir da suspensão da vacinação contra febre aftosa. A última campanha de imunização ocorreu em dezembro passado.
Com isso, o recolhimento da taxa adicional, que deveria ocorrer já neste mês de janeiro e incidiria sobre cada bovino e bubalino movimentado, exceto para abate, não precisa mais ser feito.
A revogação está publicada no Diário Oficial que circulou na quarta-feira (11/01) e aconteceu após a articulação da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) junto à Assembleia Legislativa, o Fórum Agro e outras entidades do agronegócio.
O diretor-presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, explica que a lei previa a cobrança de uma “taxa extra” toda vez que o produtor fosse emitir uma Guia de Trânsito Animal (GTA), exceto para abate, no valor equivalente a 0,01 UPF/MT, que representa cerca de R$ 2,20 por cabeça.
Tal cobrança criaria um ônus aos produtores de cerca de R$ 50 milhões por ano, segundo Oswaldo Ribeiro, em virtude do extenso rebanho bovino em Mato Grosso, que é o maior do Brasil, com quase 33 milhões de animais, e da grande movimentação de animais no território estadual.
Diante deste possível impacto ao setor, que já paga outras taxas estaduais, a Acrimat buscou apoio para a retirada da taxação.
- Semiconfinamento: produção intensiva de qualidade
- Pecuária semi-intensiva, veja como funciona
- Confinamento ou semiconfinamento: Qual o melhor?
- Como não perder na seca e tornar a pecuária mais lucrativa
- Intensificar a produção com confinamento cria poupança de terra
- Suplementação de bovinos no período das águas
Foram realizadas reuniões junto ao Fórum Mato-grossense da Agropecuária (Fórum Agro), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a Assembleia Legislativa, por meio dos deputados Dilmar Dal’ Bosco, principal articulador, além de Gilberto Cattani, Janaína Riva e Carlos Avalone, para discutir a situação.
“Pedimos ajuda a vários parceiros e para os deputados da base que, encabeçados pelo deputado Dilmar Dal’ Bosco, compreenderam nossa demanda, assim como o governador do Estado. Foi uma luta incansável no final do ano de 2022 para que essa cobrança não entrasse em vigor neste ano.”, afirmou Oswaldo Ribeiro Júnior.
Ainda segundo o diretor-presidente, a revogação é mais uma conquista dos pecuaristas e de toda classe produtora, que é tão fundamental para a economia do Estado.
“Essa é mais uma conquista da Acrimat, que sempre defende os interesses dos pecuaristas do Estado. Acredito que, mais uma vez, a entidade mostrou sua relevância na defesa dos nossos interesses do nosso setor”, concluiu Oswaldo Ribeiro Júnior.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.