Projeto de lei de crédito suplementar é uma medida importante para que o agronegócio continue contribuindo com a sociedade brasileira
A equipe econômica diz ser necessário remanejar 2,9 bilhões do Orçamento para atender pedido do setor. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) enviou uma solicitação aos ministros Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura) e Ciro Nogueira (Casa Civil), além dos presidentes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sergio Souza (MDB-PR), e das Comissões de Agricultura da Câmara, Aline Sleutjes (PSL-PR), e do Senado, Acyr Gurgacz (PDT-RO).
O valor de, pelo menos, 3 bilhoes foi solicitado para subsidiar a contratação do crédito rural, suspenso na última semana pelo Tesouro nacional.
“Consideramos que a escalada da Selic não foi dimensionada quando da formulação do Orçamento 2022, o que compromete novas operações de crédito em 2022, assim como as tão necessárias renegociações de prazos de reembolso do crédito nas regiões cuja produção agropecuária foi significativamente impactada pela seca ou por chuvas excessivas”, afirmou o presidente da CNA, João Martins, no ofício.
Das despesas equalizadas, os R$ 7,8 bilhões aprovados pelo Congresso, no Orçamento de 2022, 99% já foram utilizadas, devido à forte e rápida alta da Selic. A taxa básica de juros, hoje, está em 10,75%. Já que a peça orçamentária não foi atualizada, a liberação de um recurso complementar se justifica, para compensar as taxas mais baixas praticadas no contexto do Plano Safra. Assim, o restante teria de ser remanejado dos ministérios da Agricultura e da Economia. O governo ainda decide de onde virão os valores.