A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicita a revisão dos preços mínimos estabelecidos para soja, milho e trigo.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou nesta terça-feira (30) propostas emergenciais e estruturantes de apoio aos produtores de soja e milho atingidos por questões climáticas decorrentes do El Niño, com demandas que incluem a renegociação de dívidas.
Enquanto a seca e o calor intenso atingiram produtores do centro-norte do país, especialmente de Mato Grosso, no sul as chuvas excessivas derrubaram a qualidade do trigo no final do ano passado, fazendo com que parte da produção só sirva para ração animal.
As demandas da CNA incluem a prorrogação de operações de crédito rural vigentes por pelo menos seis meses, renegociação de parcelas de financiamento vencidas e a atualização dos preços mínimos de soja, milho e trigo, afirmou a principal entidade do setor em nota.
O ministro de Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta terça-feira que por ora não é necessário apoio à comercialização da safra de soja do Brasil, uma vez que os preços da oleaginosa no mercado ainda se encontram acima do valor mínimo estabelecido pelo governo para tal operação.
Fávaro fez a declaração após apresentar cenários das dificuldades enfrentadas por produtores brasileiros ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o objetivo de “antecipadamente evitar uma crise que possa acontecer” no agronegócio, em função da quebra de safra em conjuntura de preços deprimidos.
Além disso, a entidade propõe ao governo instrumentos de equalização de preços, a suplementação de recursos para a subvenção ao seguro rural e a regulamentação do Fundo de Catástrofe (Lei Complementar 137/2010).
O tema foi tratado duramente reunião conjunta das Câmaras Setoriais de Soja e Milho do Ministério da Agricultura.
A CNA citou a situação dos produtores de Sorriso (MT), maior município produtor de soja do Brasil, onde a margem do agricultor em 2023/2024 deve cair 41% em relação à safra anterior.
Em Rio Verde (GO) e Cascavel (PR), as margens devem cair 39,6% e 39,5%, respectivamente, segundo a entidade.
Fonte: Forbes
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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