A CNA representa o setor agropecuário brasileiro na COP-26 e levou o posicionamento dos produtores rurais para as negociações do Acordo de Paris.
O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, destacou, na segunda (1), as iniciativas do setor agropecuário brasileiro para produzir com sustentabilidade e preservar o meio ambiente.
Muni Lourenço participou do painel ‘Políticas Públicas para Preservação e Recuperação Florestal’ no primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), que acontece até o dia 12, em Glasgow, na Escócia.
A CNA representa o setor agropecuário brasileiro na COP-26 e levou o posicionamento dos produtores rurais para as negociações do Acordo de Paris.
Ele afirmou que o Acordo de Paris trouxe para a agropecuária brasileira vários desafios, mas também várias oportunidades. “O setor é sustentável, tecnificado, pujante e sabe das suas responsabilidades para a manutenção da maior cobertura florestal tropical do planeta.”
O vice-presidente da CNA explicou que o agro brasileiro se desenvolveu tendo a ciência como base e tem feito esforços para cumprir as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa sob dois pilares: o cumprimento do Código Florestal Brasileiro e a adoção de técnicas baseadas no Plano de Baixa Emissão de Carbono (ABC).
“Na CNA estamos realizando vários projetos e participando de iniciativas para a implementação do Código Florestal Brasileiro. Uma legislação que é extremamente robusta, o normativo ambiental mais rigoroso do mundo e que no nosso País, estabelece limitações para uso das propriedades rurais” afirmou Muni Lourenço que também preside a Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação.
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Lourenço lembrou que na Amazônia Legal o produtor rural precisa preservar 80% da propriedade, “o que impõe a eles uma eficiência muito grande para a rentabilidade da atividade agropecuária com o cumprimento do Código Florestal”.
Muni Lourenço afirmou ainda que os produtores rurais brasileiros aderiram ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), que está sendo analisado pelos governos, principalmente os estaduais, possibilitando ao produtor rural aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).
“É importante destacar que a sinalização dos produtores rurais e a disposição em realizar o PRA é uma demonstração clara do compromisso dos produtores com a implementação do Código Florestal.”
Muni Lourenço frisou a parceria da CNA com a Embrapa na realização do projeto Biomas que deu aos produtores rurais a possibilidade de recuperar os passivos ambientais para recompor uma Área de Preservação Permanente (APP) ou Reserva Legal, escolhendo espécies e modelos na plataforma Webambiente.
“Os resultados do Biomas estão chegando ao produtor rural por meio de do Programa de Regularização Ambiental Produtiva (Pravaler). O produtor produz dentro da legalidade, sanando seus problemas ambientais com menores custos, maior eficiência e, ainda, com retorno econômico.”
A CNA desenvolve o Pravaler em parceria com a Embrapa e o Serviço Florestal Brasileiro e está apoiando os estados na definição dos critérios de regularização ambiental. Atualmente, há um projeto piloto em andamento no município de Boca do Acre, Amazonas.
“Nesse piloto estamos procurando eliminar os gargalos e as dificuldades que o processo de regularização ambiental possa encontrar, desde a análise do CAR, até execução dos projetos de adequação ambiental e produtiva, bem como o monitoramento da recuperação dos passivos ambientais”, disse.
O vice-presidente da CNA destacou ainda que o Brasil espera que o esforço e o investimento dos brasileiros e, especialmente, dos produtores rurais, que destinam percentuais significativos de suas propriedades privadas à preservação ambiental, “sejam reconhecidos pelo mundo como um ativo ambiental importante e incorporado à qualidade e características de todos os produtos agrícolas produzidos no território brasileiro”.
Fonte: CNA