CNA participa de Fórum Mundial do Agronegócio

O fórum debateu os rumos do setor agropecuário e seus principais desafios, principalmente em relação às mudanças climáticas, preservação de recursos naturais e soluções sustentáveis.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou do Global Agribusiness Festival (GAF), que reuniu, entre os dias 27 e 28 de junho, em São Paulo (SP), autoridades de diversos países, empresários, lideranças e representantes do setor.

Nesta edição, o fórum debateu os rumos do setor agropecuário e seus principais desafios, principalmente em relação às mudanças climáticas, preservação de recursos naturais e soluções sustentáveis para uma população em crescimento.

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A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, destacou, em palestra na sexta (28) pela manhã, o papel o produtor rural no processo de enfrentamento das mudanças climáticas.

Sueme participou de um painel sobre a cooperação internacional para ações climáticas. Segundo ela, quando se fala em debater a importância do produtor rural no processo de produção sustentável, é necessário pensar no tripé da sustentabilidade, que envolve as questões econômicas, ambientais e sociais.

“A atividade agropecuária é uma atividade comercial que precisa gerar renda. Então, é importante ter esse equilíbrio quando se fala do papel do produtor para ajudá-lo por meio de cooperação internacional, nacional e políticas públicas, respeitando a atividade na geração de renda”.

Sueme também reforçou a necessidade de o Brasil estar presente nos debates internacionais. “É impossível tratar de temas relevantes do ponto de vista do agro e de mudanças climáticas sem que o Brasil esteja presente. Temos muita relevância do ponto de vista comercial e de contribuição para a segurança alimentar. Por isso temos de levar a voz do produtor para este debate”.

Participaram do painel o presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles, o gerente de competitividade do Sebrae, Carlos Eduardo Pinto Santiago, e o gerente de agronegócio da Apex-Brasil, Laudemir André Muller.

A assessora técnica da CNA Elisangela Pereira Lopes também palestrou na sexta (28) no palco Futuro Fértil do Fórum Arena. No painel “Logística: Desafios e Futuro”, ela destacou o aumento da produção de grãos no país e a diferença das exportações do complexo soja e milho pelos portos dos Arcos Norte e do Sul.

Em 2023, a produção de grãos acima do Paralelo 16 totalizou 197,5 milhões de toneladas, um crescimento anual de 10,2 milhões de toneladas desde 2009. Já a exportação pelos portos do Arco Norte cresceu 3,9 milhões de toneladas ao ano no mesmo período. A diferença anual é de 6,2 milhões de toneladas.

Em sua apresentação, a assessora também falou sobre os altos custos dos transportes de cargas no país e a diferença entre o frete pago pelos produtores brasileiros para escoar a produção agrícola com produtores dos Estados Unidos e da Argentina.

Ainda em sua fala, Elisangela Lopes mostrou a defasagem da armazenagem no Brasil, comparando a capacidade estática dos armazéns com a produção agrícola. Em 2024, por exemplo, a produção total de grãos somou 319,9 milhões de toneladas e a capacidade de armazenamento era de 201,2 milhões/ton, totalizando um déficit de 118,7 mi/ton.

Segundo a representante da CNA, Mato Grosso é o estado com maior déficit de armazenagem de grãos (52,2 milhões de toneladas). A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) aparece em segundo lugar com -18 milhões/toneladas. Juntos, somam cerca de 60% do déficit de capacidade estática no Brasil.

Participaram do painel o CEO da Hidrovias do Brasil, Fábio Schettino, e o coordenador geral da Esalq/LOG, Thiago Guilherme Péra. O chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, moderou o debate.

Fonte: CNA

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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