A prioridade do programa é levar produtos diretamente ao consumidor chinês. Inserir pequenas e médias empresas, gerando além de negócios, o fortalecimento da imagem do Brasil.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Apex-Brasil e o escritório da Invest SP de Xangai, lançou o Programa de Aterrissagem na China, na quinta (30).
O evento virtual contou com a participação da diretora de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra; do embaixador do Consulado Geral do Brasil em Xangai, Gilberto de Moura; do assessor do Ministério da Agricultura para Assuntos Estratégicos com a China, Jean Taruhn; e de representantes das empresas e cooperativas participantes.
A prioridade do programa é levar produtos diretamente ao consumidor chinês. A inserção das pequenas e médias empresas naempresas alimentícias China, com o apoio local especializado vai gerar, além de negócios, o fortalecimento da imagem do Brasil.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e, em 2020, o País alcançou um superávit de US$ 33 bilhões, cifra que ajuda a fortalecer a economia brasileira em um momento de grandes desafios.
A iniciativa é realizada em cinco fases: seleção, preparação, aceleração acompanhamento e a efetiva aterrissagem, que significa a presença na China. Foram selecionadas para participar 15 empresas e cooperativas dos setores de mel e própolis, frutas e derivados, incluindo sucos, lácteos e cafés especiais.
Segundo a coordenadora de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande, o programa é uma estratégia inovadora e que vai mudar paradigmas na promoção comercial do Brasil.
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“Conduzir empresas e cooperativas a aprenderem e se adaptarem aos gostos chineses, às suas formas de consumo e às suas preferências alimentares será transformador na consolidação de uma nova pauta exportadora brasileira para o país”, afirmou.
Para Gilberto de Moura, a presença da CNA e das empresas e cooperativas é essencial para que a diversificação de pauta aconteça. “O programa vai aumentar a competitividade das empresas que estão buscando a internacionalização e potencializar as suas capacidades na China”, disse.
Na opinião de Jean Taruhn, é preciso estar perto para entender as oportunidades e os clientes chineses. Ele ressaltou que há potencial para setores como frutas, gergelim, sorgo, pulses, feijões, lácteos e pescados, os quais têm demanda crescente.
Para isso serão necessários esforços conjuntos entre setor privado e governo para investir, principalmente, em ações de marketing comercial e comunicação, que farão com que os produtos brasileiros e toda a sua qualidade sejam, de fato, conhecidos pelos chineses.
Outro ponto estratégico para diversificação de pauta é a presença das empresas de alimentos do Brasil no e-commerce.
Conforme dados do Consulado do Brasil em Xangai, mais de um bilhão de chineses têm acesso à internet atualmente. Desse total, mais de 800 milhões compram na internet e mais de 200 milhões adquirem produtos importados. Contudo, ainda é bastante tímida a participação brasileira nesse comércio, que representa cerca de 30% das compras em todo país.
Fonte: CNA