Estação inaugurada pela Amaggi, em 2015, respondeu pela movimentação de 4 milhões de toneladas de grãos e 500 mil toneladas de fertilizantes ano passado.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e o Movimento Pró-Logística, que participam do Estradeiro BR 174/364, visitaram, na quinta (9), as Estações de Carga de Transbordo (ETC), localizadas em Porto Velho (RO).
Entre 2009 e 2021, o crescimento médio da produção de soja e milho nas regiões das novas fronteiras agrícolas (acima do Paralelo 16) foi de 7,2 milhões de toneladas por ano. Em Porto Velho, o salto registrado foi de 3,3 milhões de toneladas (2009) para 9 milhões de toneladas (2021).
“O advento da Lei 12.815/2013 pode ser considerado o grande protagonista dessa evolução. O dispositivo permitiu a instalação de ETCs, mediante a autorização, de maneira que empresas privadas pudessem movimentar cargas de terceiros”, afirmou a assessora técnica da Comissão de Logística e Infraestrutura da CNA, Elisangela Pereira Lopes.
Portochuelo
Instalada às margens do Rio Madeira, a estação inaugurada pela Amaggi, em 2015, respondeu pela movimentação de 4 milhões de toneladas de grãos e 500 mil toneladas de fertilizantes no ano passado. Entre os equipamentos e instalações, destaque para os quatro silos para armazenagem de grãos, com capacidade para 12 mil toneladas cada, quatro tombadores e píer de 316 metros. Há previsão de investimentos em secadora de grãos.
ETC da Bertolini
Situada a oito quilômetros do Portochuelo, a ETC também foi inaugurada em 2015.
No ano passado, movimentou 3,2 milhões de toneladas de grãos. Possui quatro silos com capacidade de 9 mil toneladas cada. A operação de fertilizantes encontra-se entre os projetos de ampliação da estação.
“Os acessos às ETCs constituem o maior gargalo. Os 22 quilômetros da chamada estrada “Expresso Porto”, que ligam as estações ao Porto Organizado, não são pavimentados. Durante o percurso, o excesso de pó resulta em grande quantidade de poeira e prejuízos à visibilidade, sendo um dos elementos causadores de acidentes”, disse Elisangela.
O trecho será objeto de investimentos no programa de concessões da BR-364.
ETC da Mega Logística
Localizada do outro lado do Rio Madeira, em frente ao porto público de Porto Velho, a propriedade da Cargill tem capacidade de movimentação prevista de 1,5 milhão de toneladas/ano. A plataforma flutuante possui dois tombadores de caminhões que suportam 100 toneladas cada. As operações devem iniciar ainda este ano, após a conclusão das obras de estrutura de pátio e classificadora de grãos.
Audiência com prefeito
A comitiva do Estradeiro também participou de uma audiência com o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves. No encontro, o diretor executivo do Movimento Pro Logística, Edeon Vaz Ferreira, explicou o objetivo da iniciativa. Segundo ele, trata-se de uma ferramenta para o levantamento dos defeitos encontrados nas estradas, onde o produto final é um relatório a ser encaminhado ao Ministério da Infraestrutura e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para que sejam tomadas as ações necessárias, visando garantir o escoamento da safra.
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O prefeito salientou a importância de programa de manutenção dos 7 mil quilômetros de estradas vicinais e das 400 pontes de madeira do município. Conforme ele, o foco é a garantir a trafegabilidade a quem mais necessita.
Movimentação de soja e milho em Porto Velho (2021):
ETC Portochuelo (Amaggi): 4 milhões de toneladas
ETC Bertolini: 2,7 milhões de toneladas
ETC Porto Organizado de Porto Velho: 2,3 milhões de toneladas
ETC Mega Logística (Cargill): 1,5 milhão de toneladas (previsão 2023)
Expectativa para 2022: 11 milhões de toneladas, já que a produção de grãos, somente em Rondônia, ultrapassará 3 milhões de toneladas nesta safra.
Estradeiro – A iniciativa é promovida pela Aprosoja-MT em parceria com o Movimento Pró-Logística com o objetivo de avaliar as rotas de escoamento de produção em Mato Grosso e Rondônia.
A viagem começou na terça (7), em Cuiabá, e segue até o dia 14 de junho. O percurso terá 3.770 quilômetros de malha rodoviária e a comitiva do Estradeiro passa por Vilhena e Porto Velho, em Rondônia, e Juína, Colniza, Aripuanã e Brasnorte, em Mato Grosso.
Além de percorrer as principais rotas de escoamento de cargas, a programação prevê visitas técnicas às Estações de Transbordo de Carga (ETCs), palestras, audiências públicas e simpósios sobre a logística regional.