CNA deve tomar ações legais contra Carrefour, afirma Tereza Cristina

A declaração foi feita pela senadora Tereza Cristina durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), nesta terça-feira, 26, em Brasília. 

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) deve tomar ações legais contra a posição do Grupo Carrefour por ter prejudicado a imagem dos produtos brasileiros, especialmente a carne, no comércio internacional. A declaração foi feita pela senadora Tereza Cristina durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), nesta terça-feira, 26, em Brasília. 

Na ocasião, a parlamentar disse que o Brasil não pode receber a retratação do Grupo Carrefour de bom grado. “É uma desculpa protocolar, não suficiente para os danos à imagem causados ao produto brasileiro lá fora”, declarou. 

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A senadora também reforçou que vai manter o requerimento que convida o embaixador da França, Emmanuel Lenain, ao Senado para dar explicações sobre o posicionamento do Carrefour e do governo francês. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também demonstrou interesse em convocar o embaixador da França para dizer quais atitudes eles estão tomando para que as empresas francesas tenham responsabilidade em relação ao que falam sobre os produtos brasileiros. E refletiu: “Imagina se fosse o contrário? Uma empresa brasileira falando do mercado francês”. 

Para o presidente da Câmara dos Deputados, a carta enviada nesta terça-feira, 26, pelo Grupo Carrefour ao Ministério da Agricultura e Pecuária “é irrelevante”, avaliou. “O ministério [da Agricultura] achou que a resposta foi conveniente. Penso que é temerário que o Congressos Nacional, as entidades de produtores, o governo federal, o Itamaraty, não se posicionem mais firmemente em uma crescente narrativa que visa gerar desinformação. Não há o que se falar em falta de capacidade e critérios para a produção brasileira e nada que a desmereça”, declarou. 

Ainda em relação à carta do Carrefour, Arthur Lira declarou: “Você compra de onde você quiser, [mas] não prejudique a imagem do Brasil”, protestou o parlamentar. 

O presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara, o deputado federal Evair de Melo (PP-ES), também reforçou a insatisfação do Congresso com a retratação do Carrefour e espera um posicionamento do Itamaraty. “O Carrefour tem feito gestos de se retratar dessa fala infeliz, mas isso ainda é muito pouco. Nós queremos agora é trazê-los ainda mais para dentro do Brasil como compradores para que eles possam, inclusive, ser uma fonte de divulgação da qualidade do produto brasileiro”.

Lei da reciprocidade ambiental

O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que os parlamentares já se reuniram com senadores para que, em conjunto, o Congresso aprove o projeto de Lei de reciprocidade. A ideia é unir o texto da Câmara (PL 1406/24) com o do Senado (PL 2088/23), que tratam sobre a não aceitação de acordos internacionais que possam representar restrições discriminatórias ao comércio internacional de produtos brasileiros.

Segundo o parlamentar, depois de votado, o PL não terá efeito só para a União Europeia, mas para todas as relações comerciais do Brasil. Por isso, é preciso muita cautela ao ser analisado no Congresso. “É um projeto que não é de interesse parlamentar, é interesse nacional. Eu não vejo o Executivo desconectado dessa discussão. Tanto que tem a participação do ministro Fávaro, representante do setor na Esplanada dos Ministérios. O importante nesse momento é não minimizar o que aconteceu”, afirmou em coletiva.

Fonte: Agro Estadão

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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