CNA debate impacto das chuvas na cafeicultura de Minas Gerais

O levantamento constatou que 11% dos produtores tinham seguro rural, mas que 62% atingidos pelos temporais acarretando um prejuízo estimado de R$ 47mi.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça (6), de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para debater os impactos das chuvas de granizo registradas em Minas Gerais.

O presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, José Edgard Pinto Paiva, falou sobre os desafios vivenciados pela cafeicultura brasileira desde 2020 com secas, geadas e chuvas de granizo.

“É importante que as lideranças do setor se mobilizem politicamente para disponibilizar recursos ao produtor em tempo, volume e juros acessíveis e também para aprimorar os produtos de seguro rural disponíveis para a cafeicultura ganhando escala e tornando a contratação mais acessível ao produtor”, enfatizou.

Durante o debate, a assessora da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Ana Carolina Gomes, apresentou os resultados do levantamento de campo realizado pelos técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MG), com mais de 1,4 mil produtores rurais, logo após a ocorrência das chuvas de granizo.

O levantamento constatou que apenas 11% dos produtores estavam cobertos por seguro rural, mas que 62% foram atingidos pelos temporais acarretando um prejuízo estimado de R$ 47milhões.

A assessora técnica da CNA, Raquel Miranda, disse que a Comissão Nacional do Café está acompanhando a situação da cafeicultura em Minas Gerais, Mogiana Paulista e Norte do Espírito Santo, regiões mais afetadas pelos temporais e granizo, e orientando os cafeicultores sobre como proceder após a ocorrência de eventos climáticos que causem danos a produção. O documento com as orientações elaborado em conjunto com a Faemg pode ser acessado no site da CNA.

Participaram da reunião representantes do Ministério da Agricultura, Secretaria de Agricultura e Abastecimento de Minas Gerais, Consórcio Público para o Desenvolvimento do Café no Sul e Sudoeste de Minas (Concafé), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Minas Gerais, Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Sindicato Rural de Alfenas, e produtores rurais.

A audiência foi solicitada pelo deputado federal Emidinho Madeira (PL-MG).

Fonte: CNA

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