Agricultores já indicam a possibilidade de cancelar a aquisição de insumos para o plantio de milho na segunda safra.
O cenário atual revela um desafio para os agricultores em Mato Grosso. Diversos fatores convergem para dificultar o cultivo, desde os custos elevados até condições climáticas adversas, como a desvalorização da saca de 60 quilos, a estiagem prolongada e as altas temperaturas no solo.
O agricultor Fernando Pezzini, por exemplo, enfrenta obstáculos para concluir o plantio da soja devido à seca prolongada. Esse contratempo interferiu no manejo das áreas já plantadas, comprometendo o potencial das colheitas. A interrupção no plantio também ameaça a janela ideal para o cultivo do milho, levantando incertezas sobre a produtividade futura. Diante disso, ajustes no planejamento agrícola tornam-se necessários, com redução de área plantada e mudanças estratégicas para preservar a qualidade do solo.
O impacto se estende a um grupo de agricultores, onde cerca de 70% da área já deveria estar plantada. No entanto, cerca de 10% a 15% da área plantada pode precisar de replantio devido à falta de chuvas. Essa situação atípica e preocupante também reflete em projeções de redução significativa na área de cultivo para o próximo ano, gerando cancelamentos de pedidos de insumos já adquiridos.
A incerteza sobre a produtividade e a impossibilidade de plantar na época ideal levam a reconsiderações drásticas, como cancelar pedidos de insumos e reduzir significativamente a área de plantio de milho. Esse comportamento reflete uma abordagem cautelosa dos agricultores, que buscam minimizar perdas diante do contexto desfavorável.
O presidente do Sindicato Rural de Tangará da Serra também expressa preocupação com o volume de soja ainda a ser plantado e o risco de replantio de áreas já cultivadas. A previsão de queda na área da segunda safra de milho em Mato Grosso também impacta as revendas de insumos, que já testemunham a redução no interesse dos produtores em plantar milho em toda a sua área prevista.
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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