Além dos ventos, há previsão de queda nas temperaturas. No Centro-Sul do estado, as mínimas devem variar entre 5°C e 11°C, podendo chegar a 4°C em áreas mais frias, como o sudoeste, Planalto e Serra. Na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, as mínimas devem ficar em torno de 12°C; confira
O Rio Grande do Sul enfrenta mais uma adversidade climática em meio a uma situação já calamitosa. Um ciclone extratropical em formação deve intensificar a instabilidade no estado, que já sofre com inundações e enxurradas decorrentes das chuvas persistentes das últimas semanas.
Embora o ciclone não deva atingir diretamente o Rio Grande do Sul, os ventos provocados por ele podem ser significativos, com previsão de rajadas entre 60 km/h e 70 km/h em todas as regiões. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para tempestades e rajadas de vento já a partir desta quarta-feira (8).
Além dos ventos, há previsão de queda nas temperaturas. No Centro-Sul do estado, as mínimas devem variar entre 5°C e 11°C, podendo chegar a 4°C em áreas mais frias, como o sudoeste, Planalto e Serra. Na capital, Porto Alegre, as mínimas devem ficar em torno de 12°C.
O cenário é alarmante devido à saturação do solo e aos rios ainda cheios, o que aumenta o risco de novas inundações e deslizamentos, especialmente em regiões já afetadas como o Vale do Taquari e a Serra. O governador Eduardo Leite (PSDB) fez um apelo à população, pedindo cautela e recomendando que evitem retornar para áreas de risco.
Números da tragédia
Até o momento, os números da tragédia já são devastadores. O Rio Grande do Sul contabiliza 95 mortes, mais de 100 desaparecidos e mais de 200 mil pessoas deslocadas, das quais quase 50 mil estão em abrigos. As imagens do satélite Sentinel-2 revelam a extensão do estrago causado pelas enchentes, mostrando a capital, Porto Alegre, e cidades da região metropolitana e do interior submersas, incluindo os estádios Beira-Rio, do Internacional, e a Arena do Grêmio.
A situação tende a se agravar nos próximos dias. A formação do ciclone extratropical deve trazer mais chuvas para o estado, em decorrência de uma frente fria prevista para cruzar a região entre hoje e amanhã.
Segundo o governador Leite, cerca de 80% das cidades do estado foram afetadas pelas chuvas, o que representa quase 80% do território gaúcho. A situação é quatro vezes pior do que a registrada em setembro do ano anterior, quando o estado foi atingido pela passagem de outro ciclone extratropical, que resultou em 54 mortes.
As consequências desses desastres naturais ressaltam a importância de medidas preventivas e de políticas de adaptação às mudanças climáticas. A população precisa estar preparada para enfrentar esses eventos extremos, enquanto as autoridades devem investir em infraestrutura e planejamento urbano que minimizem os impactos desses desastres e protejam as comunidades vulneráveis. O momento é de solidariedade e ação para lidar com essa crise e construir um futuro mais resiliente para o Rio Grande do Sul.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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