Chuva pode provocar transbordamentos e deslizamentos de terra no RJ, MG, ES e sul da BA, rajadas de vento na costa entre o RJ e a BA, e ressaca marítima do RJ até o ES.
A frente fria, que deixou em alerta o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste do país nesta sexta-feira, avança em direção ao sul da Bahia e, conforme se desloca, faz com que a chuva perca intensidade no Centro-Sul e aumente no Centro-Norte. As informações são da porta-voz da Tempo Ok, Maria Clara Sassaki.
Entre sábado e domingo, deve haver a formação de um corredor de umidade na altura do Espírito Santo, com a presença de nuvens de chuva no interior de Minas Gerais, Goiás, norte do Mato Grosso, interior da Bahia, Tocantins e estados da região Norte.
Já nos estados do Sul, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, a expectativa é de presença de uma massa de ar mais seco, o que diminui a possibilidade de chuva no final de semana. Apesar disso, as temperaturas devem ficar mais amenas nessas localidades, com máximas em torno dos 22°C na maior parte dos municípios.
No entanto, no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, no Distrito Federal, em Goiás, em Mato Grosso, no oeste da Bahia e no sul do Tocantins, a queda da temperatura se dá pelo excesso de nebulosidade e chuvas constantes.
Alertas com a chuva
Para o final de semana, a Tempo Ok alerta para:
- Alagamentos, transbordamentos e deslizamentos de terra no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia.
- Rajadas de vento de até 70km/h em áreas costeiras entre o norte do Rio de Janeiro e o sul da Bahia.
- Ressaca marítima, com ondas de até 3 metros do Rio Grande do Sul até o Espírito Santo.
Próxima semana
Entre os dias 13 e 18 de novembro, deve haver chuva com moderada intensidade em grande parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, além do interior do Nordeste. Já no Centro-Sul do país, são esperadas chuvas mais esparsas e a temperatura segue mais baixa. Inclusive, há possibilidade de geadas em áreas mais altas, como na região serrana do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
De 18 a 22 de novembro, “prevemos acumulados localmente elevados entre o Sul e o Sudeste. Por outro lado, no Centro-Norte do país, as instabilidades perdem força e o cenário deve ficar mais seco”, estima Maria Clara Sassaki.
Lembrando que o mês de novembro deve ter chuvas entre normal e acima da média em boa parte do país, segundo o Inmet.
Impactos agrícolas da chuva
Com a expectativa de chuvas espalhadas pelo interior da Bahia nos próximos dias, deve haver aumento de umidade nas primeiras camadas do solo. A tendência para o período de 11 a 18 de novembro é que boa parte do Sudeste e do Centro-Oeste terá índices de umidade acima dos 65%, exceto no interior de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, que ainda seguem com uma recuperação gradual da umidade do solo. No Nordeste, a umidade aumenta apenas no sul da Bahia e no sul do Maranhão.
“Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a baixa umidade do solo na Região do Matopiba restringe o avanço da semeadura da primeira safra de soja. Já no Sealba, o tempo seco contribui para a colheita do milho terceira safra. No Centro-Oeste, o aumento da umidade do solo contribui também para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos da primeira safra da soja”, detalha a porta-voz da Tempo Ok.
Ainda de acordo com Maria Clara Sassaki, a chuva no Sudeste, por conta da frente fria, pode interromper momentaneamente os trabalhos de campo, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. “Por outro lado, o aumento da umidade do solo, em toda a região, também contribui para o desenvolvimento da primeira safra. No Sul, a semeadura do arroz deve avançar no Rio Grande do Sul”, complementa.
Ciclone extratropical
A MetSul Meteorologia publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) que a informação sobre um possível ciclone bomba, que poderia atingir o Sul do Brasil, não é verdadeira. “Diante do que está sendo noticiado na mídia nacional, […] com uma imagem irreal gerada por computação gráfica ou inteligência artificial, um ciclone bomba poderia se formar junto ao Rio Grande do Sul na terça-feira (12). Efetivamente, o modelo europeu indicou em uma de suas saídas de ontem um poderoso ciclone de intensificação explosiva (bomba) para terça-feira. Ocorre que na saída de hoje, do mesmo horário e do mesmo modelo, apareceu cenário completamente distinto sem ciclone bomba algum perto do Rio Grande do Sul”, diz a publicação.
As análises da MetSul Meteorologia, publicadas no portal, indicam a formação de um ciclone extratropical no Oceano Atlântico a leste do Brasil, e não um ciclone bomba. Este fenômeno foi responsável pelos temporais desta quinta-feira, 07, nos três estados da região Sul, que provocaram alagamentos e inundações. Houve registro de acumulados de chuva acima de 100 mm em poucas horas.
A partir de sábado, o ciclone estará mais distante da costa brasileira, em alto mar, mas a frente fria associada ao fenômeno deve continuar afetando o Sudeste e parte do Centro-Oeste. No domingo, o ciclone deverá se afastar ainda mais do país em direção ao Atlântico e a frente fria se deslocará para o Norte, passando por Minas Gerais e sul da Bahia, onde haverá instabilidade.
Fonte: Agro Estadão
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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