China trabalha para ampliar relações comerciais com Brasil após pandemia

No próximo mês autoridades e empresários chineses irão fazer uma reunião online com o Brasil para tratar de assuntos relacionados a investimentos e obras de infraestrutura.

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, disse nesta sexta-feira, 19 de junho, que a retomada do crescimento pela China abre ampla janela de oportunidades comerciais entre seu país e o Brasil. De acordo com ele, o governo chinês trabalha para ampliar as relações comerciais com o Brasil após a pandemia do coronavírus.

Yang participou de uma transmissão ao vivo organizada pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Ele fez uma previsão muito otimista sobre o que vê em relação ao futuro das relações comerciais entre Brasil e China, que já duram 46 anos, e que têm muita margem para serem ampliadas.

A demanda chinesa e a oferta brasileira de carnes, grãos e de oportunidades na área da infraestrutura mostra a complementaridade entre os dois países“, disse o embaixador.

Yang disse durante a live que no mês que vem autoridades e empresários chineses vão fazer uma reunião online com o Brasil para tratar de assuntos relacionados a investimentos e obras de infraestrutura.

O embaixador ressaltou também que o Brasil é para a China um importante parceiro tecnológico e que seu país deseja ampliar relações bilaterais no campo da tecnologia com o mercado brasileiro. “Não podemos deixar de fora a tecnologia 5G”, disse Yang.

Retorno à produção

Yang Wanming disse que 99% das indústrias chinesas retornaram à produção e que 28 setores registraram crescimento nos últimos três meses. Para ele, os efeitos da pandemia do coronavírus são transitórios e já há sinais de que a economia chinesa está se estabilizando.

Um exemplo disso, de acordo com ele, é que a indústria da transformação da China cresceu 12% na última pesquisa realizada no país. “E o crescimento do PIB chinês não atingiu ainda seu pico”, acrescentou o embaixador.

De acordo com Yang, a China passa por fortes transformações decorrentes de reformas que o governo chinês vem promovendo e que, ainda neste ano, medidas serão adotadas no sentido de se abrir mais 9 milhões de postos de trabalho no país.

Fonte: Estadão Conteúdo

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