Para analistas de mercado, com estoques elevados, demanda chinesa voltaria a crescer em fevereiro de 2021, com início da nova colheita do Brasil.
O mercado financeiro projeta que a China deve voltar a importar soja mundial a partir de fevereiro de 2021, com a chegada de uma nova colheita no brasil, e também pelos estoques do grão no país asiático, que estão em níveis elevados.
“Os chineses compraram muita soja do Brasil e dos Estados Unidos. É natural que o ritmo de compra enfraqueça. No entanto, afirmar que os chineses voltam ao mercado só em 2021 é precipitado”, destaca Enio Fernandes, analista de mercado da Terra Agronegócio.
Fernandes ainda exemplifica. “Se o dólar atingir uma nova alta, em um patamar de R$ 5,70, certamente os produtores brasileiros vão às vendas, e veremos a atuação dos chineses na compra da oleaginosa”.
Preços
Sobre a tendência de preços agrícolas mais elevados, o especialista da Terra Agro Negócio comenta da safra que já está colhida, e dificilmente terá alteração nas cotações. Segundo ele, devido à falta os preços não devem ceder até o fim do ano.
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Para 2021, por outro lado, o cenário pode mudar. Enio Fernandes diz que mercado terá as atenções para o início e o meio da safra na América do Sul. “As previsões do clima para regiões do Rio Grande do Sul e parte da Argentina não são favoráveis, e isso vai deixar o mercado em alerta. O que podemos dizer é que a demanda continuará forte, tanto por parte da China, quanto pelos produtores brasileiros, especialmente pelo mercado de proteína animal e de biodiesel. O que vemos é uma tendência de sustentação dos preços em dólares, mas também é preciso ver para onde caminhará a taxa de câmbio”, finaliza
Fonte: Canal Rural