China tenta impor contratos de US$ 3,7 mil /t , equivalente a uma arroba de R$ 175 em SP, mas novos negócios travam. Entretanto, alta da arroba segue forte para o boi gordo!
Em entrevista, o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, informou que a referência para o animal com destinado a exportação é de R$ 220,00/@ no estado de São Paulo. “Tem negócios sendo fechados abaixo desse valor, mas o grosso tem acontecido ao redor de R$ 215,00/@, a prazo com trinta dias. Os preços têm fôlego para subir mais já que estamos passando por um buraco de oferta de animais”, comenta.
Com a valorização da arroba e a estabilidade nos preços do milho, a intenção de confinamento para o segundo semestre tem aumentado. “Nós estamos vendo um movimento muito grande de clientes procurando boitel e essa oferta daqui uns 60 dias vai começar a aparecer, mas o fluxo deve começar no final de julho”, afirma.
Arroba do boi está firme em R$ 220 em SP e pode subir mais com a intensificação da oferta restrita de animais nos próximos 30 dias.
Do lado da demanda interna, o analista explica que o consumo está resistente e surpreendendo em alguns pontos. “Nós ficamos muito surpresos no início da pandemia em que achamos que o boi iria recuar devido à retração da economia, mas isso não aconteceu. Nós tivemos um efeito pessimista em março que tirou o produtor rural do acelerador e está refletindo na disponibilidade de animais”, destaca.
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No caso das exportações, os compradores chineses estão tentando impor negócios ao redor de US$ 3,7 mil toneladas. “A China tem pedido alguns preços para o produto brasileiro que não faz sentido nenhum uma indústria fechar, por mais que ela seja habilitada a exportar. O preço que eles estão estipulando equivale a um animal de R$ 175,00/@ e de modo geral as indústrias estão direcionando esse produto para outros países e para o oriente”, diz Junqueira.
A expectativa é que até o dia 10 de julho as negociações tenham uma desaceleração. “Eles podem pressionar um pouco mais o mercado, mas o lado positivo é que o pecuarista está passando por um período de baixa oferta que sustenta os valores. As coisas estão ficando bem contrabalanceadas”, aponta.
Fonte: Notícias Agrícolas