As instalações mostraram irregularidades e, portanto, não foram autorizadas a exportar.
O governo chinês enviou uma comunicação oficial ao Brasil sobre a autorização de 38 novas instalações de processamento de carne para exportação. No entanto, a carta revelou que seis desses estabelecimentos não receberam a permissão devido a questões identificadas durante auditorias recentes.
Os auditores chineses apontaram diversas irregularidades, como inconsistências nos registros de produção, inadequações na capacidade de armazenamento refrigerado em relação à produção e não conformidade com os requisitos do protocolo bilateral em relação a materiais de risco. Além disso, destacaram um alto risco de contaminação durante o processo de abate e corte nesses locais.
A carta oficial declarou que, devido a essas questões, o governo chinês não pode aceitar a habilitação desses seis estabelecimentos e, consequentemente, os pedidos de autorização foram rejeitados.
Os frigoríficos que não passaram na auditoria foram: Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S/A, localizado em Ji-Paraná (RO); Distriboi, em Rolim de Moura (RO); Frangos Pioneiro Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, em Joaquim Távora (PR); Fisacre Frigorífico Santo Afonso do Acre Ltda, em Rio Branco (AC); Frigorífico Fortefrigo Ltda, em Paragominas (PA); e Maxi Beef Alimentos do Brasil Ltda, em Carlos Chagas (MG).
O frigorífico Pampeano Alimentos S/A, situado em Hulha Negra (RS), recebeu autorização para exportar carne bovina termoprocessada, porém não obteve permissão para enviar carne bovina seca.
Essas empresas, juntamente com as outras 38 que receberam a habilitação, foram submetidas a auditorias entre dezembro de 2023 e janeiro deste ano, tanto presencialmente quanto por videoconferência. No entanto, há ainda 32 empresas na lista de espera pela habilitação, aguardando inspeções.
A carta oficial também solicitou à autoridade brasileira competente que intensifique a supervisão dos novos frigoríficos aprovados recentemente e daqueles já habilitados anteriormente. É fundamental garantir que os produtos exportados cumpram os requisitos chineses e que as inspeções nos estabelecimentos em busca de habilitação sejam conduzidas estritamente de acordo com os termos do protocolo bilateral. A carta ainda recomenda que apenas os estabelecimentos que estejam em conformidade com esses requisitos sejam indicados ao governo chinês.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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