China libera frigoríficos e mostra apoio a Governo Lula

China reabilita frigoríficos do Brasil e Indonésia abre mais 11, diz Fávaro; Ministro da Agricultura diz que as liberações são fruto do trabalho dos empresários e dos técnicos do MAPA, mas também da credibilidade do presidente Lula.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou nesta quarta-feira (18) a habilitação de 11 plantas frigoríficas para a Indonésia, além da possiblidade de derrubada da suspensão da exportação de três plantas para a China. O comunicado foi feito em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Cabe lembrar que o país asiático é um grande consumidor da carne bovina brasileira, representando mais da metade de todo o volume que foi exportado em 2022. Além disso, o Governo Chinês teve ‘divergências políticas’ com a família Bolsonaro.

O Brasil está desde 2019 sem habilitar novas plantas frigoríficas para a China. A possibilidade de abertura é para uma empresa de abate de bovinos e duas de aves. No caso da Indonésia, todas as novas habilitações são para plantas bovinas. 

A nação do Sudeste Asiático formada por milhares de ilhas vulcânicas autorizou as importações de carne bovina de 11 novos frigoríficos brasileiros. Confira a lista das 11 plantas frigoríficas liberadas, conforme comunicado da Laura Rezende da Agrifatto:

  1. Marfrig de Promissão – SP;
  2. Marfrig de Chupinguaia – RO;
  3. Marfrig de Tangará da Serra – MT
  4. Minerva de Janaúba – MG;
  5. Barra Mansa de Sertãozinho – SP;
  6. Vale Grande de Matupá – MT;
  7. FriGol em Água Azul do Norte – PA;
  8. Mercúrio Alimentos em Xinguara – PA
  9. Frigorífico Frigon de Jarú – RO;
  10. Frigorífico Max Beef em Carlos Chagas – MG;
  11. Frigorífico Astra de Cruzeiro d’Oeste – PR;

Ótima notícia para o mercado pecuário, principalmente aos pecuaristas que estavam desanimados com os preços baixos de comercialização da arroba do boi gordo nas últimas semanas.

Segundo Lygia, com as novas autorizações, o Brasil, que antes tinha 8 plantas com sinal verde para embarcar ao mercado indonésio, passa a trabalhar com 19 unidades brasileiras, distribuídas em várias partes do País.

Foto Divulgação

Também foi anunciada hoje a primeira abertura de mercado registrada pelo Brasil em 2023, que é a de algodão em pluma para o Egito. 

Ao final do encontro, Fávaro destacou que essas conquistas são o sinal do retorno da credibilidade do Brasil no mercado internacional. 

“É o fruto do trabalho dos empresários e dos técnicos do Ministério da Agricultura, mas também da credibilidade do presidente Lula. São ações que aconteceram nas últimas horas que mostrou que o mundo voltou a acreditar no Brasil, as oportunidades de empregos vão acontecer aqui”, disse. 

Algodão

O governo egípcio, através do órgão oficial de Quarentena Vegetal, abriu o mercado para o Algodão em Pluma do Brasil, definindo os requisitos fitossanitários para a importação do produto. Essa foi a primeira abertura de mercado registrada pelo Brasil em 2023. 

As negociações para a abertura do mercado iniciaram em 2006 sendo intensificadas a partir de 2020, resultando finalmente agora na abertura do mercado.

Segundo o ministro, essa abertura de mercado representa o reconhecimento da qualidade do produto brasileiro. “Quem não quer comprar uma camisa ou um lençol com a qualidade do algodão egípcio? Se o Brasil vai exportar para o Egito significa que tem qualidade, tem credibilidade e tem respeito. Ao receber essa habilitação para exportar para o Egito, recebemos a chancela de qualidade do algodão brasileiro para o mundo todo”, disse.   

O Egito  importa aproximadamente 120 mil toneladas de algodão em pluma anualmente, sendo os maiores fornecedores Grécia, Burkina Faso, Benin e Sudão. O Brasil pode-se beneficiar de uma janela de oportunidade entre os meses de julho e setembro, já que as exportações gregas só se iniciam em outubro. Estima-se que o Brasil tenha potencial para atender, a princípio, 20-25% da demanda egípcia. 

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