China habilita seis frigoríficos dos EUA, qual o impacto?

Em meio à polêmica por Covid na carne, China habilita seis frigoríficos dos EUA; País também retomou compras de três plantas de carne bovina do Uruguai. E agora?

A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira (24/8) a habilitação de seis frigoríficos de carne bovina, suína e de aves dos Estados Unidos e a retomada de três plantas de carne bovina do Uruguai para importações.

Segundo o comunicado, as unidades podem comercializar seus produtos com o país asiático a partir desta segunda-feira (24/8). Nas últimas semanas, a China suspendeu temporariamente a importação de carne de frigoríficos de vários países.

O motivo alegado extraoficialmente pelo governo chinês para essas suspensões seria a necessidade de aumentar o controle sanitário por causa da Covid-19. Em resposta a esse movimento, algumas empresas começaram a interromper, de forma voluntária e antecipada, as vendas para a China.

Mercado de exportação no Brasil

a desvalorização do real frente ao dólar, a carne vermelha brasileira fica ainda mais competitiva no mercado internacional, o que faz com que as indústrias frigoríficas consigam pagar preços melhores por novos lotes de boiada, mantendo boas margens positivas em relação às vendas da proteína.

Dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam para volumes recordes de exportações em agosto. Ao longo dos dez primeiros dias úteis do mês, o Brasil exportou 8,1 mil toneladas/dia, um aumento de 32,1% frente a média de agosto 2019.

O ritmo aquecido dos embarques se deve à participação ativa da China, principal destino do produto, que continua comprando proteínas em todo o mundo, depois que seu rebanho de porcos foi dizimado pelo surto de peste suína africana. “O ótimo desempenho da carne brasileira no front externo tem beneficiado os frigoríficos brasileiros, sendo, de certo modo, uma válvula de escape frente à irregularidade no escoamento dos cortes para o mercado interno”, avalia a IHS Markit.

Ao longo desta segunda quinzena de agosto, o volume de vendas internas se manteve em ritmo inferior ao esperado para o período. O enfraquecimento do consumo, já característico do final do mês, demonstra o menor poder de compra da população, mas também incertezas em relação ao futuro da economia.

Com informações do Estadão Conteúdo

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