Novo recorde de faturamento nas exportações de carne bovina brasileira; A China vem na primeira colocação com um aumento de 50,07% nas suas compras. Confira!
Depois de crescerem 46% em fevereiro e em média estarem com movimentação acima de 20% no acumulado dos primeiros 7 meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, as exportações totais de carne bovina (somando in natura mais processadas), diminuíram seu ritmo pelo segundo mês seguido e subiram 6,25% em julho. No mês, foram movimentadas 203.742 toneladas, contra 191.765 toneladas em julho de 2021.
As receitas com o produto, que acompanham as altas das commodities no exterior, proporcionaram divisas de US$ 1,231 bilhão em julho de 2022, aumento de 21,8% em comparação com julho de 2021, que foi de US$ 1,010 bilhão.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Fazenda. No acumulado do ano, a ABRAFRIGO informou que, até julho, as exportações totais de carne bovina atingiram 1.293.071 toneladas frente a 1.071.772 toneladas no ano passado, no mesmo período, com elevação de 20,65%.
A receita, em 2021, por sua vez, foi de US$ 5,095 bilhões e nos sete primeiros meses de 2022 subiram para US$ 7,471 bilhões, alta de 46,65%, acompanhando os bons preços internacionais.
Entre os 20 maiores clientes do Brasil, a China vem na primeira colocação com um aumento de 50,07% nas suas compras. Em 2021 elas foram de 493.686 toneladas, com receita de US$ 2,5 bilhões. Em 2022, as importações do país asiático subiram para 665.014 toneladas e a receita para US$ 4,64 bilhões. Com isso, a participação da China nos embarques totais dos primeiros sete meses do ano subiu de 46,1% em 2021 para 50,7% em 2022.
Na segunda posição entre os importadores, os Estados Unidos aumentaram suas compras em 118,9% até julho: elas passaram de 52.935 toneladas em 2021 para 115.899 toneladas em 2022. A receita subiu 61,9%, de US$ 394 milhões para US$ 638 milhões. Com isso, a participação norte-americana nas exportações totais subiu de 4,9% para 9%.
Em terceiro lugar entre os importadores está o Egito que, em 2021, comprou 32.200 toneladas e neste ano já alcançou 78.583 toneladas (+ 144%), com a receita subindo de US$ 119,5 milhões para US$ 301,2 milhões (+ 152%); na quarta posição veio Hong Kong, que está diminuindo gradativamente suas importações.
Em 2021 elas foram de 136.866 toneladas e em 2022 já caíram para 59.090 toneladas (-56,8%). A receita saiu de US$ 518 milhões para US$ 205,4 milhões ( -60,4%). No total, 108 países elevaram suas importações de carne bovina brasileira enquanto que outros 46 diminuíram suas compras.
Segundo o CEPEA, em termos de volume, esse é o segundo melhor mês de julho da história, atrás apenas do registrado em 2020, quando os embarques totalizaram 169,25 mil toneladas. De janeiro a julho de 2022, o volume exportado foi de 1,099 milhão de toneladas, o maior da série da Secex.
- Mudanças climáticas redesenham a agricultura brasileira
- Valorizada em R$ 20 milhões, Dinastia Apollo Roxo se consagra como o maior tesouro do Monte Sião Haras
- Bunge alcança monitoramento de 100% da cadeia indireta de soja em áreas prioritárias no Brasil
- Sítio Pedrão e Sitío Campo Azul vencem Coffee of the Year Brasil2024
- Instabilidade no tempo marca os próximos dias no Estado
Segundo pesquisadores do Cepea, o bom desempenho das exportações brasileiras de carne bovina é reflexo da alta competitividade e da dependência do mercado chinês do produto nacional.
No mercado interno, os preços do boi gordo oscilaram em julho – o Indicador CEPEA/B3 chegou a registrar mínima de R$ 314,75 no dia 1º e máxima de R$ 334,00 no dia 11, diferença de 19,25 Reais/arroba. No acumulado do mês (entre 30 de junho e 29 de julho), o Indicador avançou 1,70%, encerrando o período a R$ 325,70. A média mensal, por sua vez, foi de R$ 324,41, 2,03% acima da do mês anterior, mas 7,03% abaixo da de julho de 2021, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de junho).