Essa foi a primeira carga do novo acordo feito com a China, que decidiu adicionar o milho brasileiro à sua lista de compras. O desembarque do cereal marca a abertura de um novo corredor para o país sul-americano.
O primeiro navio graneleiro com 68 mil toneladas de milho brasileiro para a China chegou ao porto de Dongguan, na província de Guangdong, no sábado. O desembarque do cereal marca a abertura de um novo corredor para o país sul-americano exportar milho ao mercado chinês, segundo comunicado divulgado pela COFCO.
É o primeiro barco transportando milho brasileiro a entrar no rio Yangtzé. Sua chegada também marca a abertura completa do canal de importação chinesa do produto no rio Yangtzé, o que é um marco importante para que os canais de abastecimento de milho se tornem mais diversificados.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial e segundo maior exportador de milho. Os dois países trabalham juntos para manter o ambiente de comércio agrícola internacional, de forma a aumentar a resiliência dos mercados mundiais de alimentos e agricultura e garantir uma cadeia internacional de fornecimento livre, estável, ordenada e eficiente de alimentos.
Essa foi a primeira carga do novo acordo feito com a China, que decidiu adicionar o milho brasileiro à sua lista de compras. O objetivo do gigante asiático é expandir ainda mais os canais de importação de milho e reduzir riscos geoeconômicos, de modo a garantir seus estoques e diversificar os fornecedores.
Ding Lixin, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas em Pequim, citou como exemplo os riscos causados por fatores externos, como o conflito Rússia-Ucrânia e a queda nos embarques de milho dos Estados Unidos.
As remessas importadas pela COFCO serão transportadas para processadores domésticos de ração por rotas terrestres e aquáticas após inspeção de quarentena e liberação, disse a empresa estatal com sede em Pequim.
O volume das importações de milho da China caiu 26,89% anualmente, para 19,75 milhões de toneladas entre janeiro e novembro do ano passado, enquanto suas importações de milho a granel dos Estados Unidos e da Ucrânia caíram 26,3% e 31,95% anualmente, respectivamente, disse a Administração Geral das Alfândegas da China.
Ma Tongchao, chefe de negócios de milho da COFCO Trading, disse que o grupo espera fortalecer a cooperação agrícola China-Brasil e está disposto a importar produtos agrícolas brasileiros de alta qualidade para a China. Segundo ele, esses esforços não apenas oferecerão um enorme mercado para os agricultores brasileiros venderem seu milho e outros produtos agrícolas para a China, mas também atenderão à crescente demanda doméstica chinesa.
- “Paramos completamente de entregar ao Carrefour”, revelou diretor da Minerva
- Rentabilidade do confinamento atingiu o maior patamar desde nov/20, avançando 30,2%
- Macron reforça que não assinará acordo com Mercosul e reitera apoio ao Carrefour
- Alerta: Semana com típicos temporais de primavera-verão; Veja onde
- Boi gordo atinge R$ 365/@ e cenário deve trazer nova disparada nos preços
A China e o Brasil chegaram a um acordo sobre as importações de milho em maio de 2022. Mais de 130 comerciantes e cooperativas brasileiras receberam luz verde para exportar milho para a China em novembro do ano passado. Wang Yunchao, vice-presidente da COFCO International, disse que mais navios carregados com milho brasileiro, comprados pela COFCO, estão atualmente a caminho da China.
Para atender à demanda de consumidores domésticos e fabricantes de alimentos, a COFCO assinou mais de US$ 10 bilhões em contratos de compra com parceiros estrangeiros de países como Tailândia, Camboja, EUA, Canadá, Austrália, França, Cazaquistão, Rússia e Brasil em novembro do ano passado.
Fonte: Compre Rural com informações da Reuters e Agrolink
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.