Confira agora os cinco pontos chave para montar um sistema rotacionado usando cerca elétrica; Excelente opção para quem deseja aumentar a produtividade no leite!
A cerca elétrica é uma ótima opção para sistemas pecuários baseados em pastagens. Quando utilizada corretamente, essa tecnologia permite otimizar o uso da área, aumentar a eficiência do pastejo rotacionado, com custos muito inferiores às cercas convencionais.
Mas para que os sistemas com cerca elétrica sejam realmente eficientes, e propiciem um maior controle da propriedade, é preciso que o produtor entenda os conceitos desta tecnologia, fazendo de forma correta o planejamento da construção, seu dimensionamento e manutenção, conhecendo também os erros mais comuns para poder evitá-los.
Confira abaixo 5 pontos chave no planejamento do projeto:
1. Quais os equipamentos e materiais necessários?
Isso depende se a cerca elétrica será temporária ou fixa. Para a cerca elétrica fixa, normalmente se usa mourões e arames. Já para a cerca elétrica temporária, utiliza-se varetas plásticas, vergalhões, fios e fitas.
2. Qual a distância entre os mourões?
Quem determina essa distância é o relevo. Os mourões precisam ser usados como suporte de arame, e não, como cerca, já que não é ele que vai segurar o animal, mas sim, o choque. Dependendo do relevo, se for plano, pode ter mais de 50 metros de distância de um poste ao outro. Se não for plano, esse espaçamento precisará ser reduzido, copiando o relevo da área para que o arame se mantenha na altura desejada.
3. Quantos fios a cerca deve ter?
Quem determina o número de fios primeiramente é a categoria animal. Quando há animais de categorias diferentes, é necessário utilizar dois fios com alturas diferentes. Outra informação importante aqui é o tipo de clima ou solo. Se a fazenda está em solo arenoso ou em lugares onde há seca em algum período do ano, é importante saber que, nessas condições, o animal não toma o choque.
O choque ocorre quando o animal encosta no arame e está com os pés no chão. Se o solo está seco ou é arenoso, isso não acontece, e é como se o animal estivesse usando uma bota de borracha.
Nessas situações, é necessário intercalar fio positivo e fio negativo, para que o animal não descarregue o choque no chão, que não tem condutividade, mas sim, nos fios positivo e negativo.
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4. Que tipos de protetores/isoladores utilizar?
Existem vários tipos de isoladores, como Isolador externo W, isolador externo anel com parafuso e a mangueirinha. A preferência é ao uso de isolador externo, porque a mangueirinha tende a dar mais manutenção. Isso porque, dentro da mangueirinha, acumulam-se água e sujeira que corroem o arame. Arame enferrujado não é um bom condutor. A mangueirinha também escapa muito do poste, fazendo com que haja contato do arame com o poste, descarregando o choque. Além disso, a mangueirinha resseca muito rápido, deixando de ser isolador. Porém, o principal problema da mangueirinha é caso você precise trocar um poste, ou será necessário cortar o arame ou desmanchar a cerca toda para refazer. Assim, o ideal é usar isoladores externos.
5. Como escolher o eletrificador?
O eletrificador deve ser escolhido por potência e não por quilometragem. A potência necessária dependerá da qualidade do material utilizado, além de outras características da fazenda. Apesar de não ser preciso utilizar quilometragem para dimensionamento do aparelho, usa-se uma média (que não é regra): para cada joule liberado de potência, pode-se colocar 5 quilômetros de arame. O ideal é analisar caso a caso, sendo esse número uma média.
Fonte: Educapoint