Cerca de 3.000 caminhões com grãos aguardam para descarregar no Pará, diz Abiove; Problema de logística afeta a colheita da safra de soja. Veja!
Cerca de 3.000 caminhões carregados com grãos para exportação estão parados próximos a uma estação de transbordo de carga localizada no rio Tapajós, no momento em que o Brasil começa a escoar sua nova safra de soja pelos portos do norte, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Um fila se formou em um trecho sem pavimento de sete milhas na rodovia BR-230, no oeste do estado do Pará, disse a Abiove à Reuters.
A longa fila de caminhões ilustrações como recorrentes mazelas logísticas do Brasil, já que o maior produtor e exportador mundial de soja continua dependente deste modal para movimentar sua enorme produção agrícola.
Neste ano, o país enfrenta um desafio adicional por atrasos na produção da oleaginosa, que foram causados pelo plantio tardio e chuvas durante um colheita. Isto levou a compradores liderados pela China a procurar o produto nos Estados Unidos, onde uma janela de exportação está se alongando por mais tempo do que o normal em 2021.
Autoridades da prefeitura de Itaituba, que administra o trecho de sete milhas, não foram encontradas para comentar.
“Começo de safra é sempre assim,” disse por telefone à Reuters o presidente-executivo da Abiove, André Nassar, citando as dificuldades para o tráfego de caminhões nesta época do ano por causa das chuvas na região amazônica. “Depois as empresas vão organizando melhor o fluxo.”
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Os terminais de grãos no rio Tapajós – onde transações como a Bunge e a Cargill operam – são abastecidos pela rodovia BR-230, que é administrada pelo governo federal, exceto pelo trecho final de sete milhas, disse a Abiove.
Na época da colheita, ela fica lotada de caminhões com grãos, que chegam da intersecção com a BR-163, estrada que corta de Mato Grosso, maior estado agrícola do Brasil.
Nassar afirmou que a situação deve se normalizar em alguns dias na área da estação de transbordo.
Fonte: Reuters