“Caso essa tendência persista, as escalas de abate das indústrias brasileiras podem diminuir”, observa a Agrifatto, acrescentando que, atualmente, o atendimento das programações estão em nove dias úteis, na média nacional; confira as cotações
Esta semana, o mercado físico do boi gordo permaneceu estável, com uma tendência de preços mais acomodados, conforme relatórios da Safras & Mercado. Segundo o analista da consultoria, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios sugere uma possibilidade moderada de altas no curto prazo. Isso está em consonância com o encurtamento das escalas de abate em diversas regiões do país.
Um fator importante a ser considerado é a estratégia adotada pelos pecuaristas, que estão optando pela retenção de animais, aproveitando as condições favoráveis das pastagens. A análise da viabilidade dessa estratégia está intimamente ligada à monitoração das chuvas.
“Caso essa tendência persista, as escalas de abate das indústrias brasileiras podem diminuir”, observa a Agrifatto, acrescentando que, atualmente, o atendimento das programações estão em nove dias úteis, na média nacional. Na avaliação da consultoria, se o padrão de negociação persistir, “é provável que as escalas encolham em um ou dois dias, o que as fariam deixar de serem confortáveis”.
Os analistas da consultoria dizem que, provavelmente, os frigoríficos irão intensificar a pressão de baixa sobre os preços do animal terminado durante o período de transição da safra para a entressafra. “Isso pode resultar em desvalorização da arroba no médio prazo”, antecipam os consultores.
Os analistas dizem que, provavelmente, os frigoríficos irão intensificar a pressão de baixa sobre os preços do animal terminado durante o período de transição da safra para a entressafra. “Isso pode resultar em desvalorização da arroba no médio prazo”, antecipam os consultores.
Historicamente, o valor do boi gordo em maio reduz quando comparado com os preços de abril. “Dentro dos últimos 29 anos, em 26 vezes o preço de maio foi menor do que o valor de abril, com a maior diferença negativa ocorrendo no ano passado (-7,69%) e uma média de -2,15% de desvalorização no comparativo entre os períodos”, destaca a Agrifatto.
Pelos números levantados pela Scot Consultoria, no Estado de São Paulo, as escalas de abate estão, em média, para 8 dias úteis e as indústrias frigoríficas locais estão aos poucos retornando às compras após analisarem as vendas da última semana. Mas, diz a consultoria, a oferta de bovinos terminados está ajustada e, com isso, as negociações no mercado do boi continuam morosas.
Preços da arroba
São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de nove dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de nove dias;
Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de treze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias;
Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias;
Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias;
Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias.
De acordo com os dados do Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 divulgados em 9 de abril de 2024, o valor da arroba do boi gordo atingiu R$ 229,00, registrando uma variação positiva de 1,37% em relação ao dia anterior. Contudo, no acumulado do mês, houve uma queda de 1,42%. Esses números refletem a dinâmica do mercado do boi gordo, influenciada por diversos fatores como oferta de animais terminados, demanda interna e externa, além de condições climáticas e políticas econômicas.
Mercado atacadista
No mercado atacadista, observa-se uma estabilidade nos preços, com ligeiras variações em algumas categorias de cortes de carne bovina. Por exemplo, o quarto traseiro é cotado a R$ 18,00 por quilo, enquanto o quarto dianteiro teve uma leve alta de R$ 0,10, alcançando R$ 14,00 por quilo, e a ponta de agulha apresentou uma queda de R$ 0,20, sendo precificada a R$ 13,00 por quilo. A situação das proteínas concorrentes, especialmente da carne de frango, continua influenciando a movimentação do mercado no curto prazo, enquanto as negociações entre pecuaristas e frigoríficos seguem cautelosas, podendo impactar as escalas de abate das indústrias brasileiras.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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