Cavalos: o estado da arte no hipismo

Confira os detalhes sobre o trabalho do Haras BH no desenvolvimento de animais de excelência da raça de cavalos Brasileiro de Hipismo

Por Moacir Neto* – Lockdown, pandemia de Covid-19 e, como consequencia e num movimento quase irreversível, alguns públicos preferiram migrar para o interior do País. Em resposta, aumentou a busca de animais para crianças, dentre outras variáveis. E é nesse ponto que o cavalo de hipismo ganha ainda mais notoriedade, inclusive em regiões onde o esporte não é a regra. Mas, como toda regra praticamente pede uma exceção, o Brasil é destaque na modalidade, inclusive no nível de exigência desde o nascimento do potro até o momento de ganhar o pódio em uma competição.

“Hipismo é um esporte muito técnico. E o mercado cresceu muito no Brasil, desde a pandemia. Mas, para conseguir o cavalo competidor ideal, pensamos em cada detalhe, desde a inseminação”, diz o conselheiro administrativo Bruno Ribeiro (foto), que é sócio da Vetnil e também do Haras BH, localizado na cidade paulista de Vinhedo.

A Vetnil hoje experimenta um crescimento de 3% acima do Produto Interno Bruto (PIB), um significativo salto que apenas algumas grandes companhias exibem no Brasil. E, também, é a terceira maior empresa de saúde animal – em se falando de animais de estimação – e a maior em número de eventos do segmento. Sendo que, apenas este ano, já somam quase 50 (47, para ser mais exato).

“A importância do produto Vetnil é buscar a saúde do animal. É a veterinária da vida, como costumava dizer o meu pai”, argumenta Ribeiro, associando os produtos da marca ao desempenho dos cavalos criados e treinados no haras. E em se tratando de valores por animal, o que mais que triplica a responsabiliade da Vetnil, o BH possui cavalos avaliados entre R$ 200 mil a R$ 700 mil, uma constatação de que mercado de saúde animal e excelentes números nas competições cavalgam na mesma batida.

“O Brasil é um dos países mais rigorosos no registro de produtos (de saúde animal), por isso, fazemos toda parte de estabilidade (do produto), pensando na nossa liderança de mercado quando o assunto é equinos”, diz o executivo Cristiano de Sá, diretor de Marketing e Novos Negócios da Vetnil/BH.

Na mesma linha de raciocínio, Ribeiro argumenta que o cavalo ideal passa pela criação, a genética e também o treinamento. “Buscamos a excelência, com um intenso trabalho de suplementação por meio de medicamentos, verde (feno, alfafa e água), por exemplo. Também somos criteriosos nos quesitos raça, seleção, altura e temperamento do animal.”

E, em resposta ao trabalho desenvolvido no BH, em 10 anos é possível obter o cavalo ideal para as competições no hipismo, “pois gostamos de fomentar o mercado como um todo”. Ribeiro também explica que tudo começa com a inseminação do cavalo. Entre 10 e 12 anos, o animal mostra se é um cavalo muito importante. “A genética influencia. E sabemos que as provas estão mais técnicas. Aqui, observamos até a maneira como o animal enxerga o obstáculo na pista”, explica. No Brasil, “o potrinho que nasce hoje (em 2025), nós pensamos na olimpíada de 2036”.

Números do esporte

O Brasil terminou em 12º lugar no hipismo CCE (desenvolvida pelos europeus para testar e preparar os cavalos, é uma espécie de triatlo equestre) nas Olimpíadas de Paris 2024. E, atualmente, o País possui três medalhas olímpicas no esporte, sendo uma de ouro no individual e duas de bronze, por equipes. A modalidade de salto foi a que mais participou, até agora, de competições internacionais. Sendo que o atleta Rodrigo Pessoa é considerado o ícone máximo do hipismo brasileiro. Mas, o Brasil foi desclassificado do hipismo por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

História A primeira competição de hipismo no Brasil foi realizada em 1641, por um holandês em Recife (Pernambuco). Os primeiros clubes hípicos no País foram fundados em 1911. A Federação Equestre Brasileira foi criada em 1935. A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) é a atual coordenadora do esporte no Brasil.

Nas Olimpíadas de Paris 2024, o competidor Rafael Losano foi o melhor cavaleiro brasileiro no primeiro dia de hipismo CCE. Carlos Parro foi o segundo melhor cavaleiro brasileiro no primeiro dia de hipismo CCE. Marcio Carvalho Jorge fechou o primeiro dia de hipismo CCE.

Pódios internacionais O Salto é também a modalidade com maior número de participações internacionais que somam, até início de 2010, 14 Olimpíadas, as 5 edições dos Jogos Equestres Mundiais, Copas do Mundo, Jogos Panamericanos e Campeonatos Sul-americanos, entre outros.

Com informações da Confederação Brasileira de Hipismo

Moacir Rodrigues da Cunha Neto é jornalista e editor no Safra Agribusiness

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