Cavalos encontrados em situação de maus-tratos em fazenda mineira

Os cavalos em estado de saúde crítico, extremamente magros, com machucados e doentes, alguns da raça Mangalarga Marchador, éguas para reprodução e garanhões

Na região Central de Minas Gerais, a Polícia Militar apreendeu quase 40 cavalos, que estavam sendo maltratados em uma fazenda – situada no Bairro Gameleira, em Florestal. Conforme o Boletim de Ocorrência, o local é a fazenda Santa Terezinha, pertencente a um médico.

No momento em que as autoridades chegaram à fazenda, encontraram os cavalos em estado de saúde crítico, extremamente magros, com machucados e doentes. Alguns dos animais são da raça Mangalarga Marchador, havia éguas para reprodução e garanhões.

Denúncia

A ONG Brasil sem Tração Animal estava, já há algum tempo, recebendo denúncias que afirmavam que o médico tinha comprado animais, mas não havia pago. A presidente e fundadora da ONG, Fernanda Braga, explicou que “pessoas começaram a ir ao local cobrando e ficando preocupadas com o estado dos animais, porque chegaram notícias de que esses animais estavam sendo maltratados. Alguns pediram até os animais de volta”.

Ainda conforme os denunciantes, o médico respondia os vendedores com “desculpas”, sem explicar o real motivo da falta de pagamento nem falando sobre os maus-tratos.

“Além disso, ele ameaçava as pessoas pelas entrelinhas na internet, para que não fossem mais à fazenda”, contou Fernanda.

“Chegamos à propriedade e um veterinário especializado em cavalos constatou os maus-tratos. Logo depois, começamos uma verdadeira operação de guerra para retirar aqueles 38 cavalos.

Passamos a noite e madrugada capturando animais, tanto em baias quanto no meio do mato. Alguns estavam bem arredios e a 5 km da propriedade”, explicou Braga. Uma égua havia fugido, e só foi capturada pela manhã. A égua estava muito ferida e assustada. Pelas redes sociais da ONG, a presidente relatou melhor sobre o estado de saúde dos animais.

Potrinha não resiste

Um vídeo gravado na fazenda mostra uma potrinha agonizando, depois de receber vários golpes pelo corpo e principalmente chutes na cabeça, desferidos pelo médico, dono da fazenda.

No vídeo gravado por um ex-funcionário da fazenda, o dono “explica” que “a potrinha estava sendo agredida porque a sua mãe não queria cruzar com um cavalo trazido pelo dono à fazenda”. A potrinha acabou morrendo devido aos ferimentos.

Doações

A ONG Brasil sem Tração Animal apela por doações, após a apreensão dos animais, pois os gastos com alimentação e cuidados com veterinário para equinos são muito altos. Para doações, os cidadãos podem entrar em contato e doar via Pix usando o email: brasilsemtracaoanimal@gmail.com.

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