Na avaliação da ABCCC, mesmo que a pandemia ainda traga desafios aos ciclos, trabalho da comunidade crioulista apresentou crescimento da raça
Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, o ano do Cavalo Crioulo apresentou qualidades em pista em todas as modalidades promovidas pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Com conjuntos cada vez mais preparados, o desafio foi o de mostrar esta evolução nas provas e exposições realizadas ao longo de 2021, o que foi comemorado com sucesso por toda a comunidade crioulista.
O presidente da entidade, Onécio Prado Junior, salienta que 2021 foi um período de superação onde foi preciso mexer no calendário de acordo com o avanço e arrefecimento da pandemia. “Este ano tivemos a pandemia durante todo o ciclo no qual precisamos nos adaptar. Mas só temos que agradecer à comunidade do Cavalo Crioulo como um todo, desde o criador, o associado, proprietário até os ginetes, colaboradores, aqueles que trabalham na infraestrutura. Houve um envolvimento de todos eles nas diferentes modalidades”, observa.
O dirigente ressalta que a qualidade não foi vista apenas nas pistas, mas também refletiu na comercialização que, ainda de forma virtual, apresentou liquidez e vendas para todo o Brasil. “Tivemos um ano de muita qualidade em todas as modalidades, com crescimento na parte técnica e na parte qualitativa. Não só em relação aos eventos, mas também na parte comercial, em relação aos leilões, que mudaram suas características, mas todos eles com grandes resultados e praticamente 100% de vendas e valores significativos”, frisa.
Prado Junior lembra também do crescimento e do trabalho que a ABCCC vem desenvolvendo no fomento da raça em todo o país, buscando criar políticas específicas adaptadas à realidade de cada região. “Temos trabalhado bastante não só nas nossas provas de seleção, mas estamos nos dedicando muito aos outros esportes como o Laço, as Rédeas e o Team Penning, por exemplo. Também estamos trabalhando para levar o Cavalo Crioulo para o Centro Oeste e o Norte do Brasil, onde temos pecuárias extensivas e o Cavalo Crioulo é a principal ferramenta para este sucesso, pois sabemos que ele tem as características essenciais para o trabalho com o gado. Dentro deste leque, viemos trabalhando e estamos tendo resultados muito importantes”, avalia.
A expectativa para 2022 é que com o avanço da vacinação e o recuo da pandemia, as atividades do Cavalo Crioulo sejam retomadas em todo o país. O presidente da ABCCC já enfatiza a realização de alguns eventos em outras regiões brasileiras. “Estamos trabalhando para que todas as localidades consigam fazer seus eventos e que toquem suas atividades nas próprias regiões. Fizemos um reestudo e aumentamos nossas cotas de auxílio nas credenciadoras, estamos nos dispondo a ajudar todos os nossos núcleos nas estruturas para que possam voltar a realizar suas atividades. Precisamos fazer a roda girar novamente”, conclui.