O dia 7 de setembro de 1822 é um marco histórico crucial, e os cavalos desempenharam um papel significativo nesse processo; Filipe Masetti ressaltou importância do cavalo para o Brasil
O 7 de setembro – celebrado neste sábado – é uma das datas comemorativas mais importantes do Brasil, justamente por abrigar um dos principais acontecimentos da nossa história: a nossa independência. A independência do Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1822, quando, supostamente, D.Pedro (futuro D.Pedro I) proclamou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo. Com isso, o Brasil rompeu sua ligação com Portugal e consolidou-se como nação independente.
Filipe Masetti ressaltou no último dia 07 de setembro a importância do cavalo para o Brasil. Filipe é jornalista e aventureiro amplamente conhecido como “O Cavaleiro das Américas” devido à sua jornada épica a cavalo, cruzando as Américas desde o Canadá até o Brasil. Sua expedição foi inspirada por uma viagem semelhante realizada por Aime Tschiffely em 1925. Filipe, de 36 anos, concluiu uma travessia a cavalo de 27 mil quilômetros, entre o Alasca, nos Estados Unidos, e Ushuaia, no extremo sul do continente.
“O famoso grito de “Independência ou Morte” de Dom Pedro I, que selou a separação do Brasil de Portugal, ocorreu enquanto ele estava a cavalo, nas margens do rio Ipiranga. Esse evento, conhecido como o “Grito do Ipiranga”, simboliza a importância dos cavalos no contexto militar e político da época” – disse o cavaleiro em suas redes sociais.
Ainda segundo Filipe os cavalos eram essenciais para a mobilidade das tropas e para as comunicações rápidas durante o período da independência. “Sem a agilidade e o transporte que os cavalos proporcionavam, a logística e a coordenação dos movimentos estratégicos seriam muito mais desafiadoras. Assim, os cavalos foram peças-chave na luta pela independência e na construção das bases do Brasil” – completo o jornalista.
Dom Pedro I estava montado à cavalo ou em mula quando proclamou a Independência?
A história do Brasil é repleta de personagens pitorescos e controvertidos, nos quais mitos e realidades se misturam para desafiar a compreensão de pesquisadores, estudantes e leitores da atualidade. Curiosamente, dois deles pertencem ao reino animal. São cavalos que participaram de momentos decisivos na construção do país – a Independência, em 1822, e a Proclamação da República, em 1889.
A mais conhecida cena da Independência é o quadro “O Brado do Ipiranga”, do pintor paraibano Pedro Américo. Nele, o então príncipe regente D. Pedro, futuro imperador Pedro I, aparece no alto de uma colina, de espada em punho e montado em fogoso alazão. Na imagem oficial, seria dessa maneira que o herdeiro da coroa portuguesa teria pronunciado a célebre frase “Independência ou Morte”, marca do rompimento definitivo entre a colônia e sua antiga metrópole encenada no final da tarde de Sete de Setembro de 1822.
Depoimentos da época, no entanto, desmentem essa visão épica. Nas suas memórias, escritas anos mais tarde, o coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo, subcomandante da guarda de honra e futuro Barão de Pindamonhangaba, se refere ao animal como uma “baia gateada”.
Outra testemunha, o padre mineiro Belchior Pinheiro de Oliveira, cita uma “bela besta baia”. Ou seja, uma égua ou mula de carga sem nenhum charme, porém forte e confiável. Era esta a forma correta e segura de subir a Serra do Mar naquela época de caminhos íngremes, enlameados e esburacados.
Foi, portanto, como um simples tropeiro, coberto pela lama e a poeira do caminho, às voltas com as dificuldades naturais do corpo e de seu tempo, que D. Pedro proclamou a Independência do Brasil. A cena real é bucólica e prosaica, mais brasileira e menos épica do que a retratada no quadro de Pedro Américo. E, ainda assim, importantíssima. Ela marca o início da história do Brasil como nação independente.
Cavalos movimentam mais de R$ 30 bilhões no Brasil
O mercado de equinos nos seus diversos segmentos de trabalho têm movimentado cada vez mais a economia e o agronegócio do Brasil. O país tem hoje o quarto maior mercado de equinos do mundo, ficando atrás apenas da China, México e EUA. Responsáveis pelo desenvolvimento dos principais ciclos econômicos do país, desde o Pau-Brasil, passando pelo açúcar e os metais preciosos, esses animais continuam movimentando a economia no século XXI, seja na lida, no lazer ou nas competições.
O mercado de equinos tem uma movimentação financeira hoje que supera R$ 30 bilhões.
Segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO – Food and Agriculture Organization, por sua sigla em inglês), de 2021, o Brasil possui 5,8 milhões de equinos, ocupando a quarta posição deste ranking, somente atrás dos EUA, México e China, com 10,6, 7,1, e 6,4 milhões, respectivamente.
O mercado de equinos no Brasil é um dos maiores do mundo, tanto em termos de quantidade de animais quanto de contribuição econômica. O país tem uma variedade de raças de equinos, incluindo raças nacionais como Mangalarga Marchador, Campolina, Crioulo e Quarto de Milha, que são usadas tanto para trabalho quanto para esportes e lazer.
De acordo com os dados do IBGE, até minha última atualização em setembro de 2021, o Brasil possuía uma população de equinos de aproximadamente 5,8 milhões de cabeças. Este número pode ter variado devido a vários fatores biológicos, ambientais e de mercado.
Entre os destaques desse nicho econômico estão os animais da raça Mangalarga Marchador, que lideram esse rebanho correspondendo a 31% do plantel brasileiro. Fruto do cruzamento de cavalos Álter, de origem portuguesa, com éguas selecionadas para sela, o sucesso da raça se deve à versatilidade que o animal apresenta: o atual plantel de 709 mil cabeças se divide entre animais utilizados no lazer, esporte e trabalho.
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