A infecção foi encontrada em uma vaca morta em 30 de janeiro, disse Adema em uma carta ao Parlamento, sem especificar em que fazenda a vaca foi encontrada.
Um caso de doença da vaca louca foi descoberto em uma fazenda na Holanda, disse o ministro da Agricultura holandês, Piet Adema, nesta quarta-feira. A situação coloca em risco as fazendas da região e, claro, se confirmado que é um caso clássico, trará ainda mais pânico aos produtores do país com embargos e penalizações. Confira abaixo as informações!
A infecção foi encontrada em uma vaca morta em 30 de janeiro, disse Adema em uma carta ao Parlamento, sem especificar em que fazenda a vaca foi encontrada. A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como o “mal da vaca louca”, ficou famosa mundialmente após um surto na Grã-Bretanha durante os anos 1990, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país.
A infecção está sendo estudada por especialistas para determinar se é um tipo chamado de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípica ou clássica.
A variante atípica pode ocorrer como efeito da velhice, enquanto o tipo clássico de infecção geralmente é causado por ração animal contaminada.
Casos generalizados de doença da vaca louca atingiram rebanhos bovinos no Reino Unido e em outros países europeus na década de 1990. Casos atípicos foram ocasionalmente detectados nos últimos anos e podem levar a restrições comerciais temporárias.
Doença da Vaca Louca no Brasil
O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência da EEB, de acordo com classificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Nas últimas décadas, o País registrou apenas alguns casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.
Dois casos atípicos da doença da vaca louca identificados no Brasil foram identificados em meados de 2021, o que trouxe um grande problema para a cadeia produtiva da carne bovina. Infelizmente, se aproveitando da situação, o maior importador de carne bovina, a China, acabou embargando o país por meses.
Sobre a doença
A doença acomete o cérebro de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos. A enfermidade pode ser transmitida por meio da ingestão de carne contaminada e pode, inclusive, levar seres humanos à morte. Por isso, existe um controle sanitário muito rígido para prevenir e controlar os casos relacionados à patologia.
Além do consumo de carne contaminada, considerado “casos típicos”, o mal pode ser gerado espontaneamente em animais velhos, chamados “casos atípicos”. No segundo caso, a doença gera menos preocupação, pois geralmente a ocorrência é isolada e independente.
A EEB tem uma evolução longa, com apresentação de sintomas neurológicos nos animais como nervosismo, apreensão, medo e ranger dos dentes. O gado com a doença também costuma dar sinais de hipersensibilidade ao som, toque e luz, dificuldade para andar e menor tempo de ruminação.
Os sintomas podem ser confundidos com outras patologias que atingem o sistema nervoso central dos animais, como raiva, intoxicações, polioencefalomalacia e herpes. Por essa razão, a confirmação da ocorrência da doença da “vaca louca” é realizada por diagnóstico em laboratório.
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Como prevenir a “vaca louca”
Não existe tratamento para a doença da “vaca louca”, por isso os animais contaminados precisam ser sacrificados. Em caso de suspeita da doença, as autoridades sanitárias devem ser comunicadas imediatamente para a realização dos procedimentos de identificação e controle.
A melhor forma de controlar a doença é por meio da prevenção, que pode ser realizada por medidas como a não utilização de proteínas de origem animal na ração de animais ruminantes e a vigilância sanitária nas fronteiras, propriedades rurais e matadouros.
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