O aumento é consequência, da forte retenção de fêmeas (figura 1) nos últimos anos (2019/2020/2021) e reflete uma maior oferta de bezerros em 2022.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em setembro, a pesquisa de pecuária municipal (PPM), quanto às estimativas de produções e rebanhos de aves, suínos e bovinos no país.
O rebanho bovino brasileiro, em 2021, alcançou a marca de 224,6 milhões de cabeças, crescimento de 3,1% em relação a 2020.
O aumento é consequência, entre outros fatores, da forte retenção de fêmeas (figura 1) nos últimos anos (2019/2020/2021) e reflete uma maior oferta de bezerros em 2022.
Figura 1.
Variação da participação de fêmeas nos abates de bovinos, no primeiro semestre, em relação ao ano anterior.
O Centro-Oeste lidera a concentração do rebanho no país e responde por 33,6% do rebanho brasileiro. Na sequência, a região Norte, onde está localizada a cidade de São Félix do Xingú-PA, munícipio que detém o maior rebanho do país, com 2,4 milhões de cabeças.
O Mato Grosso, com cerca de 32,4 milhões de cabeças, concentra 14,4% do rebanho, na sequência, Goiás, com 24,3 milhões de cabeças, ou 10,8% de participação, e o Pará, com o terceiro maior rebanho, com 10,7%, equivalente a cerca de 23,9 milhões de cabeças. Veja na figura 2.
Figura 2.
Distribuição dos dez maiores rebanhos no Brasil, em participação por estado.
Variações estaduais
Alguns estados merecem destaque no avanço de seu rebanho bovino em 2021, principalmente estados no Nordeste do Brasil. Acompanhe, na figura 3, a variação anual no rebanho por estado.
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Figura 3.
Variação anual do rebanho estadual, em porcentagem.
Destacamos Bahia, Pernambuco, Tocantins e Pará, que registraram os maiores incrementos no rebanho em relação ao ano anterior.
O rebanho cresceu, mas a área de pastagem praticamente não avançou
Enquanto o rebanho bovino cresceu, as áreas de pastagem no país não cresceram em mesma proporção.
Em 2000, o rebanho bovino era de 169,9 milhões de cabeças, alocado em cerca de 161,0 milhões de hectares. Em 2021, 224,6 milhões de cabeças estão alocadas em 160,9 milhões de hectares. Acompanhe na figura 4.
Figura 4.
Rebanho brasileiro, em milhões de cabeças, e área com pastagem, em milhões de hectares.
O rebanho bovino cresceu 32,2% e a área destinada à produção, praticamente, é a mesma. Fruto no incremento de tecnologias e melhores práticas pecuárias pelo produtor brasileiro.
Fonte: Scot Consultoria
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