Primeiro lote comercial importado se esgotou em menos de quatro horas e agora só poderá ser encontrado em restaurantes de alta gastronomia no Brasil.
Durou pouco o primeiro lote de carne Wagyu importado do Japão que chegou ao Brasil. Trazidos pela brasileira Prime Cater, 120 quilos de cortes do contrafilé foram divididos em 200 peças de 600 gramas cada, em média, e disponibilizados diretamente ao consumidor final pelo e-commerce da empresa.
Foram necessárias menos de quatro horas para o produto acabar na prateleira digital. Cada uma das peças foi numerada e os compradores, que desembolsaram entre R$ 400 e R$ 450, receberão um certificado com o pedigree dos animais que originaram a iguaria, garantindo, assim, a exclusividade do produto.
Para quem ficou na vontade, 180 quilos foram oferecidos para restaurantes de alta gastronomia e também já se esgotaram. Agora, resta saber se você estará na lista de clientes que possivelmente serão convidados a degustar em eventos reservados a carne Wagyu, originalmente japonesa. E também se estará disposto a desembolsar não menos que R$ 300 por cada prato que será servido.
“Diante de uma demanda tão grande, já estamos preparando um segundo lote que estará disponível em meados de abril”, afirma Marcelo Shimbo, fundador da Prime Cater, sem revelar o quanto investiu na importação.
Foi a primeira vez que o Brasil realizou uma importação comercial de carne Wagyu do Japão. Até então, o produto originalmente japonês só havia chegado em lotes pequenos, para eventos consulares. O Wagyu que circula no mercado doméstico em alguns restaurantes e lojas especializadas de carne é da América do Sul, incluindo algumas regiões do Brasil.
“A América do Sul até consegue fazer a carne Wagyu com certa qualidade, mas não no mesmo padrão do Japão. Apenas para mencionar o marmoreio, a carne que importamos teve uma nota 10, numa escala que vai de 1 a 12. Seguindo a mesma regra da análise japonesa, só consegui ver notas de 6 a 7 para o Wagyu sul americano”, explica Shimbo.
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Segundo o fundador da Prime Cater, é comum que no Brasil e em outros países da América do Sul que a carne seja identificada como sendo de Wagyu, mas não se analisa a qualidade do produto em si.
“Aqui, classificamos a carne pela raça, como se tudo o que saísse do animal tivesse alta qualidade. Foi isso que nos motivou a buscar a carne importada diretamente do Japão. Queríamos oferecer aos nossos clientes algo totalmente diferente”, conta.
Fonte: Globo Rural