A carne foi processada como charque e embalada para o consumo. O produto contaminado foi apreendido, já em São Paulo!
Todos os lotes de carnes contaminados por amônia nas dependências da unidade do JBS em Pimenta Bueno (RO) devem ser destruídos conforme determinação do Serviço de Inspeção Federal (SIF), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A determinação foi divulgada nesta terça-feira (18) como desdobramento da Operação Hiena.
A ação foi deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil no final de abril deste ano, para investigar crimes de perigo comum e contra a saúde pública do consumidor, integridade física e meio ambiente após o vazamento de amônia no frigorífico.
Segundo o MP, mesmo após o incidente a carne foi processada como charque e embalada para o consumo. O produto contaminado foi apreendido quando já estava no Estado de São Paulo.
Em nota o órgão informou que a cadeia de produção foi violada com a lavagem das carcaças com água clorada, “as quais tiveram contato com o piso e expostas a amônia, propiciando risco sanitário adicional de contaminação química por cloraminas, fruto da reação do cloro presente na água com a amônia presente no produto”, consta na nota.
Além disso, foi feita a emissão da Declaração de Destinação Industrial da carne para transporte, com data retroativa, para supostamente simular que o produto estava regular, mas o Mapa apontou os indícios de falsidade documental.
Investigações
Segundo o MP, a operação é desdobramento das investigações que apuram crimes de perigo comum, saúde pública, integridade física e meio ambiente, praticados a partir do vazamento de amônia nas dependências do frigorífico no dia 15 de fevereiro, intoxicando 25 colaboradores com amônia, que “apresentam quadro de dispneia, dificuldade para respirar, inconsciência, entre outros sintomas graves.”
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Quando a operação Hiena foi deflagrada a JBS declarou que o lote de carnes não foi comercializado e que todas as informações necessárias estariam sendo dadas às autoridades.
“A JBS reitera que seu compromisso com a segurança e a qualidade de seus produtos é inegociável. A companhia esclarece que o lote não foi comercializado, ou seja, não foi destinado ao consumo humano. A JBS está prestando todas as informações às autoridades.”
Com informações do G1