Uma das maiores potências do mundo, os EUA, se declarou como grande concorrente na briga pela carne bovina brasileira; Confira os dados abaixo!
No acumulado do ano, a movimentação total de carne bovina atingiu a 1.072.551 toneladas enquanto que a receita chegou a US$ 5,096 bilhões, queda de 3%% no volume e crescimento de 9% na receita em relação às 1.103.133 toneladas e US$ 4,687 bilhões obtidos no mesmo período (de janeiro a julho) de 2020.
Os Estados Unidos estão mostrando que assumiram definitivamente o segundo lugar entre os importadores de carne bovina brasileira, desbancando o Chile. A melhor notícia é que a participação do produto in natura cresce e representa maior valor agregado em relação aos embarques de processados de cortes menos nobres, que sempre dominaram os embarques para lá. Além da exigência de que seja de boi de primeira linha.
Embora no volume as exportações totais de carne bovina (in natura + processada) tenham apresentado queda de 1% no mês de julho, a receita com o produto pela primeira vez na história ultrapassou a US$ 1 bilhão mensal, com crescimento de 30%, nos valores, o maior registrado até aqui.
Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/DECEX), do Ministério da Economia, as exportações totais em julho alcançaram 192.544 toneladas e, em 2020, no mesmo mês, foram de 194.120 toneladas, com queda, portanto, de 1%. A receita obtida foi de US$ 1,011 bilhões, contra US$ 776,5 milhões em julho de 2020, crescimento de 30%.
A China, com suas importações através de continente e pela cidade estado de Hong Kong continua sendo o principal cliente da carne bovina brasileira, apresentando uma leve queda no ano. No acumulado até julho, as compras chinesas já alcançam 630.552 toneladas enquanto que, nos primeiros sete meses de 2020 somavam 634.138 toneladas. Em julho de 2020, os chineses compraram 115.186 toneladas e em julho de 2021, 110.637 toneladas.
Os Estados Unidos vêm aumentando paulatinamente suas compras e estão se consolidando com o segundo maior cliente do produto brasileiro, com 52.962 toneladas importadas de janeiro a julho (4,9% do total exportado), crescimento de 93,2% em relação às 27.420 toneladas movimentadas no mesmo período de 2020.
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A receita neste caso saltou de US$ 186,2 milhões em 2020 para US$ 393,8 milhões em 2021, aumento de 111,5%. Em julho os EUA compraram 10.580 toneladas.
Na terceira posição vem o Chile com 48.832 toneladas importadas até julho (+22,9%). Na quarta, o Egito, com 32.932 toneladas (-56,3 %) e na quinta as Filipinas, com 32.642 toneladas (+54,3%). No sexto lugar estão os Emirados Árabes, com 25.530 toneladas (+ 14,7%) e em sétimo a Arábia Saudita, 22.074 toneladas (-20,3%). No total deste ano, segundo a ABRAFRIGO, 80 países ampliaram suas aquisições e outros 76 reduziram em relação ao mesmo período de 2020.