Carga de milho será enviada, em breve, para China; Veja!

Segundo as informações, o Brasil já negocia primeiro embarque de milho para a China; Decisão é tomada devido a grande necessidade do cereal pelo gigante asiático!

Havia a expectativa de que o cereal enviado ao país asiático seria o da safra 22/23, a ser plantado, mas os chineses precisam de milho antes. Fontes ligadas ao Governo confirmam que, após reunião realizada nesta sexta-feira (5) em Brasília, representantes de Pequim confirmaram a produtores rurais a derrubada de protocolos para a exportação. Dessa forma, os produtos – milho e farelo de soja – deverão ser exportados ao país asiático ainda em 2022.

Sendo assim, já existe uma negociação em andamento para que a primeira carga do cereal seja enviada após finalização dos trâmites legais. Sendo assim, já podemos anunciar que o grão brasileiro ganha um novo mercado e, com as informações, envolvidos na tratativa dizem haver possibilidade de o Brasil embarcar o primeiro lote de milho para a China ainda este ano.

Para tanto, o Brasil precisa atender os requisitos de ordem técnica exigidos pela China, segundo um interlocutor que acompanhou a negociação. Inicialmente havia a expectativa de que o cereal a ser enviado ao país asiático seria o da safra 2022/23, a ser plantado, mas os chineses precisam de milho antes.

Esses critérios estão sendo analisados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. Com as mudanças na autorização por parte dos chineses, pode-se dizer que para a exportação dos dois produtos ter início só falta um passo: a realização de cadastro por parte das empresas brasileiras.

“O que vai definir se os embarques serão de milho desta ou da próxima safra é o cumprimento dos requisitos. As exportações não estão mais sendo negociadas do ponto de vista fitossanitário, mas há trâmites a serem cumpridos para a implementação do protocolo ainda nesta safra, como a habilitação dos estabelecimentos”, disse uma fonte ao Estadão/Broadcast Agro.

Milho brasileiro na China

De acordo com o interlocutor, a China concordou com a antecipação dos embarques da safra 2022/23 para milho produzido em 2021/22, abrindo mão do monitoramento de eventuais pragas que possam ter acometido as lavouras do cereal, em virtude da sua necessidade de suprimento.

“Reforço o que disse o ministro: eles querem nosso milho ‘imediatamente’ e, por isso, cederam nas exigências”, afirmou a fonte.

canhao abastecendo caminhao de milho ao sol poente - fotao
Foto: Agro Brasil 10

Em reunião para apresentar os protocolos de exportação à China nesta sexta-feira (5), o governo sinalizou aos exportadores que os primeiros embarques de milho poderiam ser realizados ainda neste ano e que o governo chinês já teria emitido licenças para empresas exportarem milho a partir do Brasil.

As empresas brasileiras têm até o dia 19 para manifestar interesse em exportar o cereal para a China junto ao ministério da Agricultura, que fará a avaliação das unidades e então concederá a habilitação.

Abramilho

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, pelo protocolo, o governo brasileiro teria de fornecer orientações à cadeia para monitoramento das pragas que preocupam a China, mas não é possível fazer isso para o milho desta safra porque ele já foi colhido.

“O governo da China passou um informe ao governo brasileiro de que estava liberado nesta safra de cumprir todas as normas do protocolo. Mas, para 2023, terá de cumprir”, disse Silveira.

Conforme o representante, pragas quarentenárias são uma preocupação em todo o mundo, mas o controle das 18 indicadas no protocolo é possível de ser feito. “No caso do milho a gente não vê problema nenhum: é capricho e não tem erro. Isso para nós não assusta.”

A liberação sem a comprovação de que a produção do Brasil de farelo de soja e milho segue protocolos registrados previamente pela China valerá, no entanto, somente para este ano — justamente no momento em que as tensões entre chineses e norte-americanos se agravam por causa de Taiwan. Tais exigências voltarão a existir  no ano que vem, pontuou Glauber Silveira.

Silveira, que também já foi presidente da Aprosoja, destacou ainda a importância da exportação de farelo para a China. “Se a China comprar farelo, vamos poder aumentar capacidade de esmagamento”, disse.

Segundo ele, a China está cada vez mais preocupada em garantir o abastecimento para produção de carne suína, de aves e ovos.

“Tem que ter farelo de soja e milho. A China está se antecipando, ainda mais agora com o estresse com os EUA, de quem comprava soja e tinham acordo para milho, e com a questão da Ucrânia”, disse. “Aqui no Brasil temos estabilidade como exportador.”

Compre Rural com informações do Estadão Conteúdo e Abramilho

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