Conhecido como o “trator do oriente”, ela é a única raça adaptada às regiões pantanosas e, por isto, apresentando pelagem mais clara; vídeo de mulher conduzindo um exemplar impressiona
A criação de búfalos no Brasil adquiriu grande dimensão em razão da adaptação dos animais às várias regiões e ao desempenho na produção de carne e leite, além da importância como animais de trabalho. Há rebanhos de grande valor zootécnico em todas as regiões do País, e os seus produtos já são diferenciados pela qualidade.
No Brasil, são reconhecidas pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos quatro raças: Mediterrâneo, Murrah, Jafarabadi (búfalo-do- rio) e Carabao (búfalo-do- pântano). Cada uma dessas raças de búfalos possui características próprias, mas todas são encantadoras pela docilidade. É difícil encontrar um criador de búfalos que não se apaixone pelo seu rebanho.
Esta raça se adaptou ao Brasil, mas é a raça principal do Extremo Oriente. Na Ilha de Marajó, no Pará, aqui no Brasil é destinada a produção de carne. O mesmo ocorre em países como Cuba, Eua e Austrália. Prefere áreas pantanosas em que usa os chifres para se cobrir de lama, ainda que essa preferência por áreas alagadas ou com rios, esteja presente em todas as raças.
O Carabao é uma raça de búfalos de dupla aptidão, ou seja, produz carne e leite. O título de “O Trator do Oriente”, foi concedido por ser um bubalino muito resistente e forte.
Este búfalo possui corpo robusto, com pelagem cinza escura, com algumas manchas, principalmente, na pata e no pescoço. Tem chifres longos e curvados para trás e olhos arredondados e negros. Já o crânio possui forma retilínia e suas orelhas são medianas e horizontais.
Chamar o Carabao de Búfalo do Pântano advém mais de uma necessidade de classificação zoológica. Seus chifres são largos e abertos, com corte transversal triangular e fazem um ângulo de 90 graus ao se afastarem da cabeça. Possuem cor cinza-parda, com manchas brancas na pata e na dianteira, em forma de colar. Seu corpo é curto e o ventre largo.
É um animal compacto e maciço, o que explica a aptidão desenvolvida para o corte. Não há diferenças significativas entre machos e fêmeas. Os machos atingem entre 600 a 700 kg e as fêmeas, 450 a 500 kg. O uso para o trabalho, na maioria dos lugares em que é criado, se inicia por volta dos 4 anos.
A produção leiteira é baixa, mas com cruzamentos, as fêmeas podem produzir cerca de 1000 litros por lactação. Quanto ao seu uso para o trabalho, o tempo médio de trabalho diário é de cinco horas, mas o tempo anual varia muito, de 20 a 146 dias.
A imagem acima chamou muita atenção, por isso trouxemos o vídeo completo e explicamos que, a raça é de um búfalo Carabao, porém este possui uma ausência de pigmentação, ou seja, ele é do tipo albino, uma raridade e que chama bastante atenção!
Como são classificados zoologicamente os búfalos?
Os búfalos são mamíferos, pertencentes à grande família dos bovídeos, reunidos por Linneu, em 1758, em sua obra intitulada Systema Naturae, em um único gênero denominado Bos, dando-lhe denominações específicas, muitas delas ainda em uso. Com a evolução da zoologia, estudos posteriores determinaram diversas modificações na sistemática e novos gêneros foram criados para alguns animais. Os estudiosos, então, demonstraram a existência de diferenças de ordem anatômica e filogenética para a criação de outros gêneros, em substituição ao Bos.
Como se originaram as raças atuais dos búfalos domésticos?
Muitas das raças existentes hoje, com suas características bem definidas, desenvolveram-se por meio de seleção natural durante um longo período. Foram encontrados, nos montes Siwalik, norte da Índia, restos fósseis de dois tipos distintos de búfalos do Plioceno, um relacionado com o búfalo indiano e outro com o Tamarao e o Anoa. Essa forma fóssil de búfalo parece ser o elo definitivo entre o tipo indiano e seus afins do Extremo Oriente e ancestrais extintos.
No geral, quantas raças de búfalos existem? Como estão agrupadas?
No sul da Ásia, existem dezoito raças de búfalos de rio reunidas em cinco grandes grupos, apresentados na Tabela abaixo. Pode-se mencionar, também, como búfalo de rio o Preto ou Italiano (“Italian buffalo”) que, no Brasil, corresponde à raça Mediterrâneo. Na Tailândia, China, Filipinas, em outros países da parte leste da Ásia e no Brasil é, também, encontrada outra raça, ou seja, a Carabao ou búfalo de pântano, que no Brasil, no passado, na ilha de Marajó era denominado de Rosilho.
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