O método de plantio direto, enfatizado pelo consultor, tem o potencial de aumentar consideravelmente a densidade de plantas na área afetada.
A preocupação dos pecuaristas com a manutenção e a vitalidade das pastagens é um assunto comum. Foi isso que levou João Benetti, um produtor de Piraju, São Paulo, a procurar orientação no programa “Giro do Boi Responde”. Enfrentando o desafio de revitalizar os pastos de capim Marandu, que foram prejudicados pela superlotação de gado, Benetti expressou dúvidas sobre a eficácia da revitalização do solo nos piquetes adubados. Essa incerteza foi esclarecida por Wagner Pires, um renomado engenheiro agrônomo e especialista em pastagens.
Ações práticas para a recuperação do Marandu
Com sua vasta experiência na área, Pires assegura que a intervenção proposta por Benetti é factível e vantajosa. O método de plantio direto, enfatizado pelo consultor, tem o potencial de aumentar consideravelmente a densidade de plantas na área afetada. Isso é alcançado por meio de uma máquina equipada com um disco frontal que corta as touceiras existentes, permitindo a inserção adequada de novas sementes. Pires destaca a importância de garantir que as sementes não fiquem apenas na superfície do solo. Para isso, ele recomenda o uso de um rolo compactador ou uma grade niveladora após a semeadura, garantindo o contato apropriado das sementes com o solo. Esse contato é crucial para uma germinação eficaz e o estabelecimento saudável das plantas.
Adubação: uma etapa crucial
Pires destaca que, além da semeadura, a fertilização desempenha um papel crucial na revitalização do pasto.
“Se o pasto está debilitado e com baixa fertilidade, a adubação é um passo crítico para sua recuperação.”
Wagner Pires
O especialista enfatiza a necessidade de combinar a adição de sementes com a aplicação de fertilizantes apropriados. Essa combinação proporciona uma base nutritiva que facilitará o retorno do vigor ao capim Marandu.
Manutenção preventiva do capim
Por último, Wagner Pires destaca a importância da prevenção como a melhor prática. Ele ressalta que a superlotação e o manejo inadequado podem resultar na degradação das pastagens, comprometendo sua produtividade e sustentabilidade.
Pires aconselha a manter um equilíbrio na lotação dos piquetes e a programar períodos de descanso para o pasto, evitando a redução excessiva da vegetação e preservando a saúde do solo.
O diálogo entre João Benetti e Wagner Pires aumenta a conscientização sobre as práticas eficazes de manejo de pastagens, destacando que a atenção e o cuidado contínuos são essenciais para a manutenção de um pasto saudável e produtivo.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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