Cão vendido por R$ 160 mil é o mais caro do mundo, veja!

Border collie de pastoreio é vendido por R$ 160 mil em MG; Campeão em competições de pastoreio tem ‘coragem, inteligência e calma’, segundo Adonis Colombo, de Durandé.

Com R$ 160 mil, uma pessoa pode comprar um carro de luxo, um apartamento pequeno ou um sítio na beira d’água. Júnior Ribeiro, de 21 anos, adquiriu o border collie de pastoreio Radar. A border collie Megan, vendida por R$ 107 mil no condado de Northumberland, norte da Inglaterra, em fevereiro deste ano, era considerada o cão pastor mais caro do mundo.

O responsável pelo negócio de R$ 160 mil foi Adonis Colombo, que há oito anos atua profissionalmente em um centro de treinamento e canil em Durandé, na Zona da Mata. Radar foi vendido e trará lucros ao comprador, que mora em Camocim do São Felix (PE), mas continuará sob os cuidados do treinador mineiro.

O animal de 5 anos tem mais de 80 filhotes, espalhados por vários estados brasileiros, além de países como Estados Unidos e Argentina. Segundo Adonis, o cão é vice-campeão brasileiro na categoria open profissional no rebanho de bovinos e também participa de rodeios.

“Radar é um cão que tem vários títulos e aptidão com bovinos e ovinos. Ele é considerado um cão de pastoreio completo, por isso atingiu esse valor. Está na flor da idade ainda”, explicou Colombo.

A rotina de preparação começou quando ele tinha um ano. Em quatro meses, segundo o treinador, Radar já estava pronto para competições, enquanto outros cães levam de oito a 12 meses.

“Decidi comprar o Radar porque é o melhor cão, não só como atleta, mas também é o melhor reprodutor. O nível dos filhos dele é muito alto”, disse Júnior Ribeiro, que começou a investir em pastoreio no ano passado.

“Não venderia se ele não fosse permanecer com meu treinamento. Querendo ou não tem a parte afetiva. Ele é muito habilidoso, não fica nervoso, não fica agressivo. Coragem, inteligência e calma são as principais características dele”, finalizou Adonis Colombo.

Investimento

O pecuarista Júnior Ribeiro, de Camocim do São Felix (PE) estava procurando um border collie de excelente genética e acabou chegando ao Radar. Criador de nelore e angus, ele entrou no mundo dos cães de pastoreio após perceber a funcionalidade desses animais na lida. “O border collie não é um cão comum, ele tem habilidades extraordinárias, é um atleta do campo”, diz.

O treinador conta que vender o Radar foi necessário para valorizar tanto o animal quanto o pastoreio nacional. “É como um jogador de futebol, ele não pode ficar parado, precisa se expor mais”. Ficou acordado entre eles que o animal continuaria em Minas Gerais, sendo treinado para provas e campeão, pois ele ainda é novo.

O novo proprietário terá retorno financeiro principalmente através da genética do animal. “Meu intuito agora é dar andamento no ‘Radar Project’ que será iniciado nos EUA, visando estocar material genético não só para o Brasil, mas para o mundo”, diz Ribeiro.

Além disso, filhotes do animal também poderão ser comercializados, gerando lucro ao dono – e ele já tem mais de 80 espalhados por vários estados brasileiros e por países como Estados Unidos, Colômbia, Argentina e Bolívia.

Brasil exemplo no mundo

A venda aconteceu com assessoria da Moura Stock Dog, centro de treinamento e reprodução do qual faz parte Maycon Moura, amigo e mentor de Adonis Colombo, que mora nos Estados Unidos. Ele destaca que muitos acreditam que os melhores animais para pastoreio estão na Europa, onde a raça começou, mas o Brasil possui a melhor genética.

“Sou treinador, embriologista, e digo que não chegam ao nosso nível. O brasileiro fez uma adaptação fantástica para que eles trabalhem no dia a dia, não sendo só um brinquedinho ou cão de prova”, diz.

Compre Rural com informações do G1 e Canal Rural

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