Um mundo em constante inovação se apresenta diante dos produtores de cana e das usinas que pretendem assumir o protagonismo da transição energética.
Evolução e transformação. Talvez essas sejam as duas palavras que melhor traduzam o cenário vivido pelo setor bioenergético brasileiro, cada vez mais envolvido com as práticas de sustentabilidade e com as ambiciosas, porém cada vez mais necessárias, métricas visando à redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa.
A cana regenerativa surge como uma nova realidade do setor e, graças aos resultados obtidos onde a técnica vem sendo implementada, desponta como uma tendência que, aos poucos, está se tornando predominante entre os produtores de cana.
É a técnica adotada pela maior produtora de cana e açúcar dos Estados Unidos, a U.S.Sugar, e tem como alicerces a rotação de culturas; a diminuição da aragem no solo; diminuição de maquinário nos campos; otimização do uso de combustíveis/emissão de gases; conservação dos solos (solos orgânicos – alagamento); utilização dos resíduos para energia; utilização dos resíduos diretamente nos campos; compostagem torta com bagaço da cana-de-açúcar, diminuição do uso de herbicidas e de produtos químicos.
Falando em redução de químicos, é importante registrar que os defensivos agrícolas de base biológica e bioinoculantes movimentaram R$ 2,905 bilhões na safra 2021/22, uma elevação de 67% no desempenho desses produtos em face do ciclo anterior (R$ 1,744 bilhão). A projeção é que as vendas dos insumos biológicos alcancem R$ 16 bilhões em 2030.
Seguindo essa tendência, a utilização de insumos biológicos para o canavial vem se intensificando nos últimos tempos, estando cada vez mais presente no planejamento agrícola das usinas, que buscam por manejos que contribuam para a redução de custos e para o aumento sustentável da produtividade de suas lavouras.
Aumentar produtividade com sustentabilidade tem sido o resultado da aplicação de uma técnica, considerada revolucionária, denominada plantio vertical. Adotada pela Usina Estivas, no Rio Grande do Norte, a técnica vem proporcionando ganhos de até 44% na produtividade do canavial.
Baseado na colocação da muda a 80 cm de profundidade do solo, o plantio vertical, aliado a uma cesta de tecnologias – que envolvem a parte de nutrição, fitopatologia e aplicação de polímeros com a função de armazenamento de água do solo – faz com as mudas cresçam numa condição diferenciada de todos os plantios convencionais existentes na região.
Cana regenerativa, bioinsumos e plantio vertical serão alguns dos temas que serão abordados na próxima edição do CANABIO23.
O programa inclui a discussão sobre Fertilidade & Microbiologia do Solo, Nutrição & Maturação Vegetal + Foliar, Controle Biológico & Manejo Integrado de Pragas, CANA 4.0 – Sistemas & Tecnologias Inteligentes e Integração das Inovações & Tecnologias no Campo.
O evento será realizado nos dias 24 e 25 de maio no Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto-SP, com o objetivo de abordar os temas mais relevantes da área, sempre a partir do compartilhamento de quem vive a produção na prática:
· Cases & Mesa Redonda com usinas e fornecedores de cana, inclusive internacionais
· Experiências de alta produtividade com manejo sustentável
· Dados e conselhos valiosos dos maiores especialistas e desenvolvedores de tecnologia da área
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