Cana de Açúcar movimenta mais de R$ 100 bi por ano no Brasil

Culturalmente falando, a cana está presente de forma significativa em mais de 100 países, gerando emprego, eletricidade, combustível e alimento, movimentando mais de R$ 100 bilhões por ano.

A intensidade das chuvas em boa parte do Centro-Sul do Brasil tem causado dificuldade na moagem da cana em várias usinas, interrompendo o processamento, porém, segundo analistas, vem favorecendo os preços da commodity.

Segundo dados da Agência UDOP – União Nacional da Bioenergia, em Nova York, na ICE Futures, as cotações do açúcar bruto fecharam em alta, ontem, com o vencimento março/23 contratado a 18,46 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 51 pontos, ou 2,8%, no comparativo com os preços da véspera. Já a tela maio/23 subiu 39 pontos, contratada a 17,48 cts/lb. Os demais lotes subiram entre 4 e 30 pontos.

Colheita de cana de açucar
Foto: Divulgação

Açúcar branco

Em Londres, na ICE Futures Europe, a quinta-feira também foi de alta em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento dezembro/22 subiu 16,70 dólares, com a tonelada negociada a US$ 551,30. Já a tela março/23 foi contratada a US$ 507,00 a tonelada, valorização de 11,50 dólares. Os demais contratos subiram entre 3,10 e 9,10 dólares.

(Imagem: Pixabay)
(Imagem: Pixabay)

Açúcar cristal

No mercado doméstico o Indicador Cepea/Esalq, da USP, também fechou valorizado nesta quinta-feira, com a saca de 50 quilos do tipo cristal negociada pelas usinas a R$ 125,68, alta de 0,19% no comparativo com os preços praticados na quarta-feira.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado registrou seu segundo dia de alta consecutiva pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.676,50 o m³, contra R$ 2.659,50 o m³ praticado no dia anterior, valorização de 0,64% no comparativo entre os dias.

Foto: Divulgação

Índia bate o Brasil e encerra produção 21/22 em quase 40 mi de t

De acordo com a divulgação feita nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Consumidor, Alimentação e Distribuição Pública da Índia, a temporada 2021/22 (outubro-setembro), da cana-de-açúcar, encerrou com uma produção de 39,40 milhões de toneladas, uma alta 17% ante o ciclo anterior.

Foto: Divulgação

O Brasil que estava na liderança do adoçante perdeu para a Índia que chegou a produzir 35,05 milhões de t no ciclo. Mesmos sem subsídios governamentais os produtores locais chegaram a exportar no ciclo 2021/22 do açúcar um total de 10,9 milhões de t, favorecidos pelas negociações com outros mercados e as altas dos preços internacionais.

Com o avanço na produção do etanol, o ministério vem destinando 3,5 milhões de toneladas da produção da cana-de-açúcar para o etanol. Em nota oficial emitida pelo governo, os incentivos às usinas de açúcar direcionando a produção para o etanol e também a exportar o açúcar excedente para usinas de açúcar que possam fazer o pagamento da cana aos agricultores em tempo.

Os futuros do açúcar

Em Nova York e Londres os mercados operaram respectivamente com leves ganhos e recuo na manha dessa sexta-feira.

A próxima temporada, apesar das boas expectativas, começará em abril visto que, as chuvas acima da média têm registrado preocupação com a colheita e moagem do final da safra 2022/23 no país.

O mercado que acompanha as oscilações do petróleo tem visto os preços avançarem nesta manhã depois que a Opep+ decidiu por cortes na produção.

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