Campeão do Cesb produziu 138,95 sacas de soja/ha, Veja os campeões por região

Esse cenário mostra que, mesmo com adversidades climáticas, dificuldades de produção e desafios econômicos, os sojicultores aderiram ao tradicional Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja.

Do Campo ao Pódio – Ernest Milla Agrícola (Candoí – PR) foi a campeã nacional na categoria Sequeiro e o produtor rural Silvio Maluta (Itapeva – SP) foi o campeão nacional na categoria Irrigado. Mais de 6.000 inscrições, realizadas por sojicultores de vários perfis e diferentes cidades brasileiras. Esse cenário mostra que, mesmo com adversidades climáticas, dificuldades de produção e desafios econômicos, os sojicultores aderiram ao tradicional Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB).

Desafio CESB em números – Das mais de 6.000 inscrições, foram obtidas 980 áreas auditadas, sendo que, 481 delas superaram a marca de 90sc/ha com uma média de produtividade CESB na ordem de 89sc/ha, frente a média nacional que gira em torno de 53sc/ha. Foram mais 1.100 municípios participantes em 20 estados da federação, atingindo aproximadamente uma área de mais de 3,9 milhões de hectares. São números impressionantes, que mostram o engajamento e o espírito competidor, resiliente e dedicado dos sojicultores brasileiros.

Campeões do Desafio

O Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja é dividido em duas categorias: Irrigado (que premia o campeão nacional) e Sequeiro (que reconhece os vencedores das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, e, com base nesses resultados, premia o campeão nacional). Os campeões da safra 23/24 foram anunciados durante a 16ª edição do Fórum Nacional de Máxima Produtividade, realizado, em São Paulo (Capital), no dia 04 de julho. Confira abaixo o quadro dos Campeões:

GRANDE CAMPEÃO NACIONAL/SUL (categoria sequeiro)

  • Campeão Nacional: Fazenda Mariedda (Candoí – PR)
  • Produtividade: 138,95 sc/ha
  • Produtor: Ernest Milla Agrícola
  • Consultor: Rafael Managó
  • Tamanho da propriedade: 5.681 hectares
  • Área de soja: 1.509 hectares
  • Produtividade média: 93,75 sc/ha

CATEGORIA IRRIGADA NACIONAL

  • Categoria irrigada: Fazenda Fratelli (Itapeva, SP)
  • Produtividade: 133,79 sc/ha
  • Produtor: Silvio Maluta
  • Consultor: Robson Santos
  • Tamanho da propriedade: 2.800 hectares
  • Área de soja: 2.500 hectares
  • Produtividade média irrigada: 81 sc/ha
  • Produtividade média fazenda: 70 sc/há

CAMPEÃO REGIÃO SUDESTE (categoria sequeiro)

  • Campeão: Fazenda Congonhal (Nepomuceno, MG)
  • Produtividade: 137,28 sc/ha
  • Produtor: João Lincoln Reis Veiga
  • Consultor: Gerson Justo
  • Tamanho da propriedade: 384 hectares
  • Área de soja: 43 hectares
  • Produtividade média: 96,30 sc/ha

CAMPEÃO REGIÃO CENTRO-OESTE (categoria sequeiro)

  • Campeão: Fazenda Reunidas Baumgart (Rio Verde, GO)
  • Produtividade: 119,03 sc/ha
  • Produtor: Reunidas Baumgart
  • Consultor: Fernando Almeida Pereira
  • Tamanho da propriedade: 25.150 hectares
  • Área de soja: 8.466 hectares
  • Produtividade média: 77,75 sc/ha

CAMPEÃO REGIÃO NORDESTE (categoria sequeiro)

  • Campeão: Fazenda Aliança (Baixa Grande do Ribeiro – PI)
  • Produtividade: 117,04 sc/ha
  • Produtor: Ralf Karly
  • Consultor: Luiz Gabriel de Moraes Jr
  • Tamanho da propriedade: 22.000 hectares
  • Área de soja: 11.200 hectares
  • Produtividade média: 73,5 sc/ha

CAMPEÃO REGIÃO NORTE (categoria sequeiro)

  • Campeão: Fazenda Fronteira 2 (Mateiros – TO)
  • Produtividade: 104,42 sc/ha
  • Produtor: Grupo Ilmo da Cunha
  • Consultor: Luciano Biancini
  • Tamanho da propriedade: 7.560 hectares
  • Área de soja: 5.770 hectares
  • Produtividade média: 76,4 sc/ha

Competitividade

De acordo com Marcelo Habe, Presidente do CESB, o Comitê estimula a sustentabilidade oferecendo uma plataforma de competitividade e boas práticas agrícolas.

“Ao equilibrarem de uma forma sólida a produtividade com a defesa da sustentabilidade, os produtores rurais ampliaram os índices produtivos de uma forma impactante, o que ampliou o grau de competitividade do Desafio. Para contar com auditoria oficial do CESB, basta realizar o acionamento em nosso site”.

Luiz Silva, Diretor Executivo do CESB, acrescenta que a auditoria utiliza rigorosos protocolos, o que confere total transparência ao Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja. “A cada ano, o CESB avalia a eficiência técnica do processo de auditagem da última safra a fim de melhorar o processo. Novas regras e possíveis mudanças no processo são compartilhadas em tempo hábil para que a equipe de auditores receba a devida capacitação”.

Checagem Eco Ambiental

Todos os Campeões do CESB passaram por um processo minucioso de checagem eco ambiental na qual práticas ESG voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial são levadas em consideração. Um exemplo é a importante análise de ecoeficiência, que tem como objetivo integrar a Avaliação de Ciclo de Vida e custos para gerar um indicador combinado, seguindo padrões internacionais conhecidos. O escopo da análise engloba todas as fases da produção, desde o cultivo até a colheita e considera insumos agrícolas, combustíveis e água que contribuem para a produtividade auditada.

Os dados são obtidos diretamente dos produtores, e cada campeão de produtividade é comparado com a média eco ambiental de sua região. Os resultados mostram que os campeões superam suas médias regionais em ecoeficiência, ilustrando o impacto positivo das melhores práticas agrícolas.

Desta forma, a fim de obter-se um panorama ambiental das propriedades e contribuir para possíveis ações sustentáveis, os auditores devem solicitar, no momento de realização das auditorias e/ou por telefone, a coleta do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades envolvidas no Desafio CESB.

Todas as informações obtidas são tratadas com sigilo e confidencialidade, sem divulgação de detalhes específicos das fazendas e em conformidade com as leis vigentes de proteção de dados. Este ano todos os Campeões do CESB receberam um reconhecimento de honra ao mérito por seu desempenho ecoeficiente identificado em suas lavouras.

Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja – Além de anunciar os campeões, o Fórum destaca-se por ser um tradicional evento de atualização do conhecimento sobre a cultura da soja de alta produtividade sustentável no Brasil e por promover discussão sobre as estratégias de manejo e de tecnologias utilizadas pelos Campeões do CESB, o qual neste ano, destacou também as principais práticas do conceito ASG-P.

Marcelo Habe, presidente do CESB, explica que é fundamental promover e incorporar o “P” de Produtividade à tão consolidada sigla ASG (ambiental, social e governança), transformando-a em ASG-P.

“Diversos são os fatos que comprovam essa necessidade. Um exemplo simples para explicar é quando correlacionamos os fatores produtividade e área agrícola. Levando em conta que a produtividade de grãos estivesse estagnada no nível da década de 70, seriam necessárias cerca de 3,3 vezes mais áreas destinadas à produção agrícola, para produzir a mesma quantidade de grãos que o Brasil produz atualmente. Com evolução nas práticas e tecnologias aplicadas ao campo e com maior conhecimento, a produtividade tornou-se um componente crucial para enfrentar os desafios climáticos globais, a segurança alimentar e a pujança e competitividade do nosso agronegócio.

A Produtividade é uma verdadeira poupança de terra e outros ativos naturais e não podemos esquecer como um fator importante da sustentação financeira para o país!”, explica Habe.

O presidente do CESB destaca que essa análise mostra o quanto a produtividade, suportada pela inovação, tecnologias e boas práticas produtivas são impactantes para o meio ambiente, segurança alimentar, produção de energia “verde” (etanol de cana, de milho, cogeração), entre outras temáticas. “Além de eficiente e competitivo, o agronegócio tem um importante papel para preservar ativos naturais como carbono de solo, água e biodiversidade que convivem dentro da propriedade rural”, destaca.

Sustentabilidade financeira

Dentro deste contexto, Habe observa que é imperativo conectar a questão da sustentabilidade financeira do produtor e da sua cadeia produtiva com os temas ASG.

“Eles precisam prosperar, serem competitivos e valorizados frente às demandas ASG que estão surgindo. Para preservar e produzir de modo sustentável necessita-se de conhecimento difusão de tecnologias e técnicas, tempo de maturação e investimentos que precisam ser contabilizados. Por fim, a sustentabilidade financeira

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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