A intenção da campanha é o combate aos incêndios florestais, que em 2021, tiveram mais de 12 mil focos foram registrados no Estado e principal causa é a renovação de pastagem.
Foi lançada, na manhã desta terça-feira (26), a 10ª Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios, uma iniciativa da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantada (Reflore/MS). Os principais objetivos são: criar uma cultura de prevenção, capacitar o agronegócio para o combate e educar a sociedade acerca das perdas e danos.
A campanha é realizada em parceria do Sistema Famasul e Senar/MS, com o apoio do Governo de MS, do Corpo de Bombeiros Militar e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Entre as questões fundamentais à conscientização está o desenvolvimento de uma cultura permanente de prevenção contra os incêndios florestais, a capacitação das populações urbanas e rurais, bem como as orientações sobre cuidados para evitar as chamas e alerta das consequências dos incêndios.
As principais consequências prejudiciais ao solo são o empobrecimento do solo, poluição do ar, acidentes nas rodovias devido à fumaça e até mesmo morte de animais e pessoas, além dos prejuízos aos produtores rurais. Segundo o diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Stella, os produtores rurais têm evoluído e aprendido mais sobre a prevenção de queimadas.
“O produtor rural evoluiu nesse tempo. Tanto nas propriedades tecnicamente, na prevenção, como na sua consciência ecológica. Hoje sabemos bem que precisamos conservar o meio ambiente para continuar produzindo”, pontuou. Ele ainda destacou que o Senar e Famasul participam ativamente desta campanha desde 2015.
“Foram mais de 240 cursos e, aproximadamente, 3 mil pessoas do meio rural receberam esse treinamento. E na temporada ainda temos mais 42 a serem realizados”, disse Frederico. O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, explicou alguns dos compromissos assumidos com o Fogo Zero.
“Primeiro em relação à área de florestas de Mato Grosso do Sul, a instalação de uma base do corpo de bombeiros em Ribas do Rio Pardo que já está instalada, já recebeu os equipamentos e o efetivo para que seja trabalhado em Ribas. O segundo compromisso que nós temos é que acabamos de adquirir a área para ter uma base de combate a incêndios florestais no município de Água Clara”, disse.
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Segundo ele, o governador, em 2019, se comprometeu a fazer um investimento de 56 milhões de reais em equipamentos. “Nós já recebemos boa parte desses equipamentos, alguns ainda não, mas já está licitado”, explicou.
Dados sobre incêndios florestais
Conforme divulgado no lançamento da Campanha Fogo Zero, em 2020, foram registrados 12,080 focos de incêndios florestais. Já em 2021, foram registrados 9,377 focos de incêndios.
Segundo um estudo da Universidade Federal do Paraná divulgado no evento, as principais causas de incêndios florestais são:
- renovação de pastagem 31%;
- queima para cultivo 22%;
- extração mineral 11%;
- queda de balão 11%;
- vandalismo 4%;
- acidente 4%;
- queima de lixo 4%;
- queima em beira de estrada 3%;
- raio, caça, extração de mel 1%;
- outros 8%.
O pantanal lidera o ranking de bioma com os maiores focos de calor e, consequentemente, como o que possui maiores focos de incêndios. Os dados mostram que a Região do Pantanal é responsável por 62% dos fogos, enquanto o Cerrado por 35% e Mata Atlântica com 3%. Desse modo, em 2021, o Pantanal registrou quase 6 mil focos de incêndios, o Cerrado cerca de 3 mil e a Mata Atlântica quase 500.
Fonte: Correio do Estado