Abiove diz que congestionamento ocorre em um trecho sem pavimento de cerca de 7 km e “em função das chuvas e do aumento do tráfego neste momento da safra”.
Caminhões carregados com grãos enfrentaram trânsito intenso para descarregar em Miritituba (PA), onde as cargas devem seguir por rio, em barcaças, até portos do Pará e Amapá.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) esclareceu, em nota divulgada no começo da semana, que o congestionamento na região de Miritituba ocorria em um trecho sem pavimento de cerca de 7 km da rodovia que liga a BR-230 à Estação de Transbordo de Carga (ETC) do Tapajós.
A dificuldade se dá “em função das chuvas e do aumento do tráfego neste momento da safra”, segundo a Abiove.
A rodovia, conforme a nota, é de responsabilidade da prefeitura de Itaituba. Ainda segundo o comunicado, a associação reportou a situação para o governo federal, e a prefeitura “está trabalhando para mitigar o problema, até que a concessão da BR-163 seja viabilizada, resolvendo definitivamente a questão”. A associação informou não ter novas atualizações sobre o fluxo na região.
A safra é nova, mas os problemas para escoar os produtos são velhos conhecidos dos caminhoneiros. Em Miritituba (PR), quase 3.000 caminhões com soja estão parados devido ao elevado fluxo de veículos que seguem para a estação de transbordo do Rio Tapajós. Segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a fila se formou desde a última quinta-feira, 11.
A entidade ressalta que os caminhões não estão atolados, mas a chuva dificulta o andamento da viagem, devido às condições da estrada.
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Atoleiros também prejudicam
Além do problema em Miritituba, os caminhoneiros também enfrentaram dificuldades para escoar a safra em Mato Grosso. Na sexta-feira, 12, em um trecho de terra da rodovia MT-322, na região chamada de Norte Araguaia Xingu, um atoleiro paralisou cerca de 200 caminhões que tentavam seguir viagem. O presidente da Associação dos Produtores de Espigão do Leste (Apel), Alípio Portilho gravou um vídeo mostrando a situação precária da estrada.
Para André Nassar, parte dos problemas logísticos enfrentados para o escoamento da safra podem ser resolvidos a partir da concessão da BR-163, que foi totalmente asfaltada no fim de 2019. “Certamente a empresa que assumir a BR irá trabalhar na construção de acesso a terminais de carga. No entanto, a concessão não da rodovia não é um processo simples”.