Café capixaba é eleito o melhor do Brasil pela Abic

O microlote do produtor José Alexandre Abreu de Lacerda recebeu a maior pontuação no júri técnico do concurso promovido pela entidade, que em janeiro consultará os consumidoresa.

A etapa do júri técnico do 13º concurso nacional de qualidade promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) foi realizada ontem no laboratório do Sindicato das Indústrias de Café do Estado de São Paulo. Foram selecionados oito lotes finalistas, após avaliação da Qualidade Global conforme metodologia do PQC – Programa de Qualidade do Café, atribuindo-se uma pontuação de Zero a 10 pontos para cada um.

O microlote do cafeicultor José Alexandre Abreu de Lacerda, produzido no Sítio Córrego Pedra Menina, no município capixaba de Dores do Rio Preto (ES), recebeu a maior avalição do grupo técnico: 8,43 pontos. Em segundo lugar, ficou o lote de café cereja descascado produzido por Antônio Rigno de Oliveira em São Judas Tadeu, em Piatã, Bahia, com 8,38 pontos. E em terceiro, mais um microlote: o do produtor Clayton Mapelli Cerri, do Sítio Anhumas, de São Sebastião da Grama, São Paulo, com 8,37 pontos.

A pontuação do Júri Técnico corresponde a 70% da nota final de cada lote inscrito. Faltam agora as notas de sustentabilidade da propriedade, com peso de 15%, e a avaliação do Júri Popular, integrado por consumidores, cuja pontuação equivale aos 15% restantes. Essas duas inovações foram incorporadas ao regulamento em 2015,

O Júri Técnico foi composto por especialistas: Camila Arcanjo e Isabela Cristina Abreu do Monte, do GAC – Grupo de Avaliação do Sindicafé – São Paulo, Aline de Oliveira Garcia e Gina Maria Bueno Quirino Cardo, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), e Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes.

Eles avaliaram a qualidade dos cafés na xícara, pontuando notas para atributos como fragrância, aroma, acidez, amargor, adstringência, corpo e sabor. A metodologia do PQC, criada há mais de dez anos pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), é única no mundo, pois analisa as propriedades do café já torrado e moído, da mesma forma que o consumidor encontra nas prateleiras dos supermercados.

Todos os lotes inscritos no Concurso Nacional foram selecionados pelos certames oficiais dos seguintes Estados produtores: Paraná, Bahia, São Paulo e Espírito Santo. Esta edição não contou com a participação de Minas Gerais.

Conforme calendário do Concurso, de 16 a 20 de janeiro será realizado o Júri Popular, com a presença de consumidores dos Estados participantes. No dia 26 de janeiro serão divulgados o café campeão e a relação dos finalistas. De 26 de janeiro a 3 de fevereiro acontecerá o leilão desses cafés, aberto a torrefadoras, cafeterias e demais pessoas jurídicas interessadas. No dia 7 de fevereiro serão divulgadas as empresas campeãs do leilão, que são aquelas que deram os maiores lances. Todos os cafés serão industrializados e chegam aos consumidores em abril, compondo a 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil.

Autoria: Globo Rural

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM