Com frigoríficos operando em apertadas escalas e esperando pela entrada de dinheiro no bolso do consumidor neste início de outubro a arroba segue subindo!
O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nas principais praças de comercialização do país nesta sexta-feira, 2. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o início do mês de outubro está sendo pautado por um consistente movimento de alta nos preços da arroba do boi. Arroba segue sustentada pelo “apagão” de animais para abate!
Segundo a IHS, o forte avanço da arroba tem suporte, principalmente, na baixa disponibilidade de animais terminados, o que limita o avanço das programações de abate, emplacando, assim, pressão positiva sobre as cotações. “Como esperado, a partir do final desta semana, o escoamento dos cortes bovinos para os atacados nacionais ganhou ritmo, reflexo da entrada de massa salarial de parte da população consumidora na virada do mês”, observa a consultoria.
Neste contexto, frigoríficos brasileiros operam com escalas apertadas, preenchidas para, em média, até o começo da semana que vem, condição que fez muitas industrias se posicionarem no mercado de maneira mais ativa nesta sexta-feira.
Hoje, além de São Paulo, houve reajuste nos preços da arroba em praças do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão e Pará, conforme levantamento da IHS Markit. Nessas regiões, além da oferta restrita de animais, as altas também tiveram suporte na necessidade de aquisição de indústrias exportadoras, que atendem forte demanda internacional pela carne brasileira, relata a consultoria.
Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado saltou de R$ 257,92/@ na quinta-feira (01/10), para R$ 257,71/@, nesta sexta-feira (02/10), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 242,86/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 250,43/@.
O destaque ficou para o estado de Alagoas, segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba chegou a R$ 270,00, preço bruto sem o desconto do Funrural, mas com desconto de 0,2% referente ao Senar. Esse valor é o maior valor pago pela arroba no Brasil.
Já o Indicador do Cepea, voltou a registrar preços recordes nesta sexta-feira, atingindo o patamar de R$ 258,05 por arroba. Esse é o maior valor registrado desde que começou a ser analisado.
Escalas de abate apertadas
Segundo a Agrifatto, as escalas de abate encerraram os primeiros dias outubro mais ajustadas, a indústria segue em “queda de braço” para preencher a programações de abate e lidar com as margens apertadas. Com isso, algumas plantas frigoríficas entraram em férias coletivas e suspenderam suas atividades.
- Em São Paulo, a sexta-feira encerrou com 5,4 dias úteis, abaixo da média parcial anual registrada em 6,0 dias úteis.
- Já em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul o cenário é parecido, com os trabalhos programados para os próximos 5,0 dias úteis, alinhados com a média parcial dos últimos 12 meses.
- Na região goiana e em Mato Grosso as indústrias encerraram o dia com 5,4 dias úteis, acima da média parcial, atualmente registrada em 5,0 dias úteis em ambas as regiões.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. As exportações permanecem em bom nível, com a China absorvendo volumes substanciais de proteína animal brasileira.
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Com isso, a ponta de agulha seguiu em R$ 14,25 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,25 o quilo, e o corte traseiro passou de R$ 18,30 o quilo para R$ 19 o quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,17%, sendo negociado a R$ 5,6630 para venda e a R$ 5,6610 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6090 e a máxima de R$ 5,6880. Na semana, o dólar acumulou alta de 1,93% frente o real.