Cadê a Picanha? Preço do corte volta a subir

Levantamento, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o aumento médio das carnes bovinas, suínas e bebidas ficou em 5,8% somente nos últimos 12 meses, número acima da inflação geral, que acumulou 5,02%.

Depois de três meses seguidos de baixa, o preço da picanha voltou a subir em novembro. A elevação aparece na pesquisa realizada para calcular o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Responsável pelo levantamento, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta quinta-feira, 24.

Por meio do IPCA-15, o IBGE avalia a prévia da inflação mensal. Em novembro, o indicador fechou com alta de 0,5%. o levantamento de preços é realizado por volta do 15º dia de cada mês.

De acordo com o órgão, o preço da Picanha ficou cerca de 1% mais caro em meados de novembro, quando a comparação é feita com o mesmo período do mês anterior. O valor cobrado por esse mesmo corte havia caído 2% em outubro, 0,1% em setembro e 1,5% em agosto.

Comparativo dos quatro anos: Carnes ficaram 77% mais caras

Na Copa do Mundo de 2022, a alegria de comemorar os gols do Brasil com churrasco e cerveja já não é mais a mesma do último torneio. Afinal, só o preço da carne disparou 76,9% nesses quatro anos, segundo um novo levantamento da XP Investimentos feito até o mês de setembro. A inflação acumulada no período foi de 26,3%, número superior ao aumento do preço das bebidas.

Outro levantamento, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o aumento médio das carnes bovinas, suínas e bebidas ficou em 5,8% somente nos últimos 12 meses, número acima da inflação geral, que acumulou 5,02%.

Considerando apenas o último ano, as grandes vilãs do churrasquinho foram as bebidas (10,36%), com destaque para a cerveja, que subiu quase 11%.

A linguiça (6,38%), o contrafilé (5,56%) e a picanha (4,69%) foram as carnes com maior aumento de preço nos últimos 12 meses. No entanto, ainda é possível encontrar cortes que caíram de preço ou se mantiveram estáveis, como o carré/bisteca (-3,88%), o pernil (-1,73%), a costela suína (-1,54%), o lombo (-0,12%), além do fígado bovino (-11,63%) e da costela bovina (-0,04%).

Alta dos preços da cesta básica ao combustível

De modo geral, o custo dos alimentos para o consumidor subiu cerca de 0,5% no IPCA-15 de novembro. O valores médios cobrados pelo arroz, o frango inteiro e ovo de galinha, por exemplo, também subiram.

Além disso, o primeiro levantamento para o indicador realizado depois do segundo turno das eleições mostra a elevação dos preços dos combustíveis. A gasolina e o etanol subiram 1,7% e 6,2%, respectivamente — desde junho, o valor deles vinha caindo. Já o diesel, aumentou 0,1%, interrompendo a queda iniciada em agosto.

Compre Rural com algumas informações da Revista Oeste

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