Produtores rurais têm recorrido ao uso de geradores para garantir o funcionamento das Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs) mesmo em locais de difícil acesso.
Extremamente importante para garantir a proteção de plantações contra ervas daninhas e pragas, a técnica de pulverização evoluiu muito ao longo dos últimos anos, a fim de atender a todas as exigências do atual cenário da agricultura. E, assim como em muitos segmentos do mercado, os produtores rurais têm lançado mão de uma tecnologia que chama a atenção por onde passa: as Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs) – mais conhecidas como drones.
Capazes de aumentar a eficiência e de reduzir o tempo gasto nos cuidados de grandes áreas, os drones de pulverização já são uma realidade em muitas propriedades do Brasil. Exemplo dessa prática
ocorre na Cerrado Agro Consultoria, de Campo Grande (MS), que já trabalha com drones há 7 anos e aderiu à tecnologia dos de pulverização há 2 anos. “Com a chegada dos drones de pulverização, pela primeira vez na história, nós conseguimos colher 100% da área plantada”, afirma Márion Henry, sócio-proprietário da empresa, que conta com uma área de treinamento de 242 hectares para testes dos equipamentos e instruções para produtores rurais.
O empresário explica que, antes, eles perdiam entre 5% e 7% da plantação em razão do amassamento provocado pelas rodas dos tratores, que comprometiam o adubo e as sementes. “Com a pulverização aérea com RPAs, nós deixamos de amassar aproximadamente 3 sacas de soja e 6 sacas de milho por hectare. Ou seja, em uma área de mil hectares, nós passamos a salvar 3 mil sacas de soja e 6 mil sacas de milho por safra”, detalha Henry.
Outra vantagem da utilização de drones na agricultura é conseguir entrar em locais de difícil acesso, onde tratores não chegam por conta da topografia íngreme e acidentada e aviões não conseguem fazer
manobras. “Com as RPAs, é possível acompanhar a topografia do terreno, permitindo que façamos essa aplicação de maneira bem eficaz e segura”.
Além disso, como a pulverização com drones é de baixíssima vazão, com altura de aplicação uniforme, é possível que o produtor tenha um controle muito maior de pragas e doenças. Desta forma, também reduz o número de aplicações no campo e, consequentemente, o custo operacional.
Geradores são fundamentais
Diferentemente dos drones utilizados na recreação, para fotos e vídeos divertidos, os modelos vistos na agropecuária trabalham períodos maiores e, por isso, exigem atenção a um detalhe essencial:
a carga de energia. Mas como garantir autonomia a eles em locais com pouco acesso à energia elétrica?
“Para garantir o sucesso à operação de RPAs no agro, é necessário que toda a estrutura de energia seja transportada com facilidade de um lugar para outro. Por isso, a solução mais eficiente para carregar as
baterias dos drones são os geradores, que podem ser transportados tranquilamente em uma caminhonete”, explica Rodrigo Deneka, Gerente de Produtos da Branco Motores, empresa referência nacional no desenvolvimento de soluções para o agronegócio. “Imagina o tempo que o produtor perderia se tivesse que voltar para a sede da fazenda toda que precisasse carregar o equipamento. Seria inviável”, acrescenta.
Márion Henry concorda com o executivo e conta como isso ocorre na prática na Cerrado Agro Consultoria: “sem os geradores, nós tínhamos que retornar várias vezes à sede ou levar um número
gigantesco de baterias. Hoje, nós realizamos um voo de uma aplicação, em mais ou menos dez minutos, e carregamos as baterias em nove minutos. Então, vamos para o campo só com três baterias para cada drone, o que permite a realização de um rodízio entre carregamento, descanso e aplicação”.
Para que os geradores estejam sempre aptos a carregar as RPAs, alguns cuidados simples são necessários. “É importante que o produtor sempre procure manter o equipamento nivelado, para que o líquido do combustível interno não fique desequilibrado, e na hora da utilização é recomendado deixá-lo em um ambiente aberto, com uma cobertura, para não sobreaquecê-lo. Além disso, é bom sempre direcionar os gases do escapamento para longe, evitando causar superaquecimento, perda de potência ou um possível dano ao filtro do motor. E, em hipótese alguma, o gerador deve ser usado em ambientes molhados ou na chuva”, alerta Deneka.
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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