Ataques de porcos selvagens comprometem lavouras de milho em Mato Grosso; A Aprosoja recomenda fazer o registro georreferenciado através de vídeos e fotos, para coleta de dados e divulgação na mídia.
O rastro de destruição deixado por porcos selvagens, conhecidos como “porcos-do-mato” é enorme no Estado. Não é novidade esse tipo de ataque em lavouras de milho, que por ser uma grande fonte de alimentos, atrai os javalis e javaporcos (cruzamento de porco doméstico com javali selvagem). Outra dor de cabeça para o produtor rural de Mato Grosso, são os catetos (catitus) e os queixadas, espécies que tem grande poder de devastação.
Preocupada com os prejuízos causados nas lavouras, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), recomenda que os agricultores utilizem o aplicativo TimeStamp Camera Basic, disponível para Android e IOS.
Os javalis são altamente adaptáveis e encontram habitats adequados e convenientes para a espécie em grande parte da América do Sul. Assim, desde a sua introdução no Sul do Brasil, já se espalhou e se estabeleceu em vários outros estados do País, principalmente, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
“A Aprosoja recomenda que os produtores façam vídeos com o celular na horizontal O aplicativo ajuda no georreferenciamento dos ataques de porcos do mato, informando a localização exata, data e anexando fotos e vídeos. Isso irá ajudar a montar um banco de dados para o Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), façam o controle dessas pragas”, destaca o vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber.
Para o produtor de Querência, Nirto Luiz Fasolo Junior, os ataques vêm aumentando na região a cada safra. “Estamos preocupados com os prejuízos que o porco-do-mato vem causando em nossas propriedades, destruindo as lavouras de milho”, frisa Fasolo.
“A caça para consumo humano deveria ser liberada, respeitando as regras ambientais, ajudando a diminuir os ataques e minimizando os prejuízos”, diz o presidente do sindicato rural, Marcos Bravin.
Na região norte do Estado, município de Sorriso, a presença indesejada desses animais selvagens também tem crescido, confirme comenta do produtor rural Tiago Stefanello “Já está insustentável o aumento de porco-do-mato no estado e se continuar assim a perda será muito grande para essa safra”, aponta Stefanello.
Uma medida que auxiliaria o controle e que a maioria dos produtores solicitam é que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), autorize o abate para controle de populacional dos catetos e queixadas. Em 2013 foi autorizado o abate de javalis e javaporcos sob autorização e supervisão do órgão.
“A caça para consumo humano deveria ser liberada, respeitando as regras ambientais, ajudando a diminuir os ataques e minimizando os prejuízos”, diz o presidente do sindicato rural de Primavera do Leste, Marcos Bravin
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Aprosoja Mato Grosso enfatiza ainda a importância de fazer o cadastro dos ataques através do aplicativo, para que possa ser analisada a região que tem maior incidência de problemas com os animais selvagens.
Veja aqui o Manual de Boas Práticas para controle de Javali, do IBAMA.
Alguns dos impactos mais comumente causados ao meio ambiente são:
- danos às plantas nativas;
- impactos à fauna nativa;
- destruição de habitats e ninhos;
- assoreamento de rios;
- redução da qualidade da água de nascentes;
- alteração do solo e aumento de erosão.