Expedição brasileira troca experiências sobre raças bovinas de alto padrão nos EUA; além da raça Angus os representantes visitaram criatórios da raça Brangus e Ultrablack norte-americanos.
A partir de uma iniciativa da GENEX do Brasil e da USLGE (U. S. Livestock Genetics Export, Inc.), representantes da Associação Brasileira da Angus e da Embrapa Pecuária Sul, entre outras organizações, participaram do Beef Tour 2023, nos Estados Unidos. O objetivo da missão técnica foi a troca de experiências e prospecção de parcerias com a Associação Americana de Angus, assim como conhecer alguns dos principais criatórios das raças Angus, Brangus e Ultrablack norte-americanos.
Entre os participantes da gira, o Diretor Técnico da Associação Brasileira de Angus, Rogério Rotta Assis, os conselheiros Fernando Flores Cardoso, que também é chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Leandro da Silveira Hackbart e o gerente de fomento da Angus, Mateus Pivato.
O roteiro contou com a visita a diversos locais que trabalham com a produção de reprodutores de alto padrão genético. O primeiro dia começou com a visita ao Mound Creek Ranch, no Texas, criatório de touros Ultrablacks.
No segundo dia, duas visitas foram realizadas. A primeira parada foi no Linz Heritage Angus, em Oklahoma, onde foi possível conhecer o conceito “Da Fazenda ao Prato”. Em seguida, no Express Ranches, foi possível presenciar a estrutura do maior criador de gado registrado nos EUA.
No terceiro dia, a viagem seguiu para o estado do Kansas. A primeira parada foi uma visita ao Confinamento Tiffany Cattle. Em seguida, na Universidade do Kansas, houve uma palestra do Professor Dr. Bob Weaber, referência em eficiência alimentar.
No quarto dia, a visita ocorreu na Associação Americana de Angus, uma entidade com mais de 22 mil associados, e que registra cerca de 300 mil animais/ano. O passeio foi guiado pelo CEO Mark McCully, que mostrou toda a estrutura e o contexto histórico da Associação. No mesmo dia também ocorreu a apresentação do geneticista brasileiro, André Garcia, da Angus Genetic Inc., detalhando o Programa de Avaliação Genética da Associação Americana de Angus.
No quinto dia, a parada foi na Transova Genetics, em Sioux City, Iowa, para visitar a líder do segmento de transferência de embriões e outras biotecnologias, como clonagem e edição gênica, em diferentes espécies domésticas e silvestres.
No sexto dia aconteceu uma visita a empresa familiar Mohnen Angus, situada em White Lake – South Dakota, que é exemplo de produtividade e equilíbrio na raça Angus, com um rebanho com mais de 500 vacas, e aproximadamente 150 touros vendidos por ano.
No sétimo dia, a primeira parada foi no Ellingson Angus, uma das cabanhas mais conceituadas dos EUA, que se destaca também por atingir uma das maiores médias de preço nas vendas de touros. A segunda experiência do dia foi a visita ao Strommen Ranch, empresa familiar, conduzida por Aaron e Cheyna Strommem, localizada em Saint Anthony – Dakota do Norte. A fazenda possui cerca de 200 vacas e vende 100 touros/ano. No último dia, foi realizada visita à Schaff Angus Valley, considerada referência mundial da raça Angus.
“Ficamos bastante impressionados com o avanço do melhoramento genético americano e como a seleção dentro dos critatórios avança. E ainda mais animados com as novidades que conseguimos ver por lá, no que diz respeito aos novos manejos, as novas linhagens de animais, os diferentes tipos de criação dentro do mesmo sistema de produção. Conhecemos confinamentos que trabalham com 95% de seus animais com a raça Angus, afinal nos Estados Unidos a Angus é a principal raça”, avalia o diretor técnico da Associação Brasileira de Angus, Rogério Rotta Assis.
O diretor técnico também pondera que um dos pontos altos da viagem foi a visita a Associação Americana de Angus. “Hoje a associação americana é uma das maiores entidade de raça do mundo, e vimos a palestra do geneticista brasileiro, André Garcia, da Angus Genetic Inc., detalhando o Programa de Avaliação Genética da Associação Americana de Angus. Números impressionantes das avaliações genéticas que eles possuem, e como eles estão focados no melhoramento de seus rebanhos. Trazemos na bagagem um enriquecimento gigantesco, e como fazer a seleção genética no nosso contexto. Temos grandes desafios a serem alcançados e um caminho bastante grande para trilharmos, mas vemos que estamos no caminho certo, e que continuando o trabalho que já é feito pelo nosso corpo técnico conseguiremos chegar ao patamar da associação americana”.
Já conforme Fernando Cardoso, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, presente na missão, a ideia da expedição foi de ampliar as ações de pesquisa e parcerias com instituições referência no melhoramento genético das raças trabalhadas atualmente através de parceria com as associações. “Vimos todo o sistema de coleta de dados, de acasalamento, de seleção para a produção de genética daqui dos Estados Unidos, assim como o sistema de produção nesses rebanhos, como eles fazem, toda a parte reprodutiva, toda a parte de alimentação dos animais. Isso nos traz referências e alternativas muito boas para pensarmos e aprimorarmos, a partir da pesquisa, os nossos sistemas de produção e estratégias de melhoramento genético”, finaliza.
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