A BrasilAgro vendeu uma área total de 863 hectares, sendo 498 hectares úteis, da fazenda Morotí, localizada no Paraguai, pelo valor nominal de US$ 1,5 milhão. Confira!
A BrasilAgro – Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas (AGRO3) anunciou que vendeu uma área total de 863 hectares (498 hectares úteis) da Fazenda Morotí, propriedade localizada no Paraguai. O valor nominal da venda foi US$ 1,5 milhão (~U$1,7 mil/ha). Segundo a cotação atual do dólar, R$ 5,39, a venda envolveu o valor de R$ 8.088.450,00. Confira as informações abaixo!
A BrasilAgro é uma das maiores empresas brasileiras em quantidade de terras agricultáveis e com foco na aquisição, desenvolvimento, exploração e comercialização de propriedades rurais com aptidão agropecuária. “Adquirimos propriedades rurais que acreditamos ter significativo potencial de geração de valor por meio da manutenção do ativo e do desenvolvimento de atividades agropecuárias rentáveis“, aponta relatório da empresa.
Conforme a nota divulgada pela empresa brasileira, do fato relevante, o comprador realizou pagamento inicial no valor de US$ 748,5 mil. O saldo remanescente será pago em três parcelas anuais iguais.
A Fazenda Morotí foi adquirida em dezembro de 2013 e possuía uma área total de 59.585 hectares (34.053 hectares úteis), localizada no estado de Boquerón, na região oeste do Paraguai, na região do Chaco Paraguaio.
O Paraguai é o terceiro maior produtor agrícola da América do Sul e se tornou uma região de expansão natural para a agricultura. A propriedade foi adquirida por US$ 18,7 milhões (~US$314/ha), representando um ganho de mais de US$ 1,4 mil/ hectare.
Do ponto de vista contábil, o valor desta área da fazenda nos livros da companhia é de US$853 mil (valor de aquisição + mais valia + investimentos líquidos de depreciação) e tem uma TIR (Taxa Interna de Retorno) esperada em dólares de 27,9% (42,2% em reais).
Segundo a BrasilAgro, trata-se da primeira venda realizada na fazenda Morotí, que ainda possui uma área total de 58.722 hectares, maior parte em processo de desenvolvimento, com alto potencial de geração e captura de valor.
Histórico e Perfil da BrasilAgro
A partir do momento da aquisição das nossas propriedades rurais, buscamos implementar culturas de maior valor agregado e transformar essas propriedades rurais com investimentos em infraestrutura e tecnologia. De acordo com nossa estratégia, quando julgarmos que o valor das propriedades rurais nos entrega o retorno esperado, venderemos tais propriedades rurais para realizarmos ganhos de capital.
Desde o início de nossas operações em 2006, adquirimos um total de 14 propriedades rurais, sendo que já realizamos a venda de quatro fazendas. O nosso plano de negócios contempla a valorização de nossas propriedades rurais como o nosso principal vetor de retorno financeiro. Na nossa visão, o valor de uma propriedade rural está diretamente relacionado à geração de caixa por unidade de área. Nesse sentido, buscamos maximizar o retorno sobre os nossos investimentos por meio de:
- Identificação, aquisição, desenvolvimento e exploração de propriedades rurais com alto potencial de valorização; e
- Otimização do rendimento e da produtividade de nossas propriedades rurais por meio da implementação de tecnologia e técnicas agrícolas de excelência.
Buscamos uma gestão ativa de nossas operações, combinando retorno imobiliário e operacional, mas mitigando riscos climáticos e de culturas através da diversificação geográfica e produtiva de nossas propriedades rurais.
O que é a BrasilAgro e o que ela faz?
Somos a única empresa do agrolistada na B3 que combina dois modelos de negócio: o operacional [produção de soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e outras commodities] e o imobiliário [compra e venda de terras agrícolas].
É diferente de um fazendeiro, que é um acumulador de terras nato. A BrasilAgro compra áreas que têm outra compra [e as transforma]. Podemos comprar uma área de pecuária entendendo que ela tem potencial agrícola. Compramos áreas de florestas, de pinus que estavam em corte, e transformamos em agrícolas.
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Compramos áreas de cerrado – com legislação e com todo o processo – e transformamos em áreas agrícolas. O que é importante: a companhia modifica as áreas com capital intensivo, tecnologia, recursos. E esse processo tem uma maturação ao longo dos anos.
Isso tem garantia de uma boa rentabilidade para o acionista ao do tempo. Quando desinvestimos de um projeto, na média, dá uma casa de 18% a 20% de TIR anual. Isso acontece quando entendemos que a terra parou de assistir, que já colocamos tecnologia, capital humano e know-how. É uma coisa simples de explicar, mas difícil de executar. E isso gera uma barreira de entrada.