Brasil deve ter nova produção recorde de grãos na safra 2020/21, aponta Conab; Na primeira estimativa da nova temporada, projeta colheita de mais de 268 milhões de toneladas.
A nova safra do Brasil deve superar em 4,2% o recorde obtido na temporada recém-finalizada. É o que apontou o primeiro levantamento da safra de grãos 2020/21, divulgado nesta quinta-feira (8/10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A produção está estimada em 268,7 milhões de toneladas, superando em cerca de 11 milhões de toneladas o recorde de 257,7 milhões de toneladas da última safra. O estudo também prevê crescimento de 1,3% na área cultivada. A expectativa é de que, nesta safra, o plantio ocupe cerca de 66,8 milhões de hectares, o que corresponde a 879,5 mil hectares a mais.
Quanto à soja, a produção é estimada em 133,7 milhões de toneladas, o que mantém o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa. A colheita total de milho deve atingir 105,2 milhões de toneladas, também a maior da série histórica – aumento de 2,6% sobre a anterior.
Já a área cultivada com arroz deve aumentar 1,6%, mas a Conab estima que a produtividade pode não ser tão boa quanto a da última safra. Caso se confirme a redução de 4,2% do volume colhido por hectare, a produção nacional do cereal será de 10,885 milhões de toneladas, ajustada ao consumo previsto. As exportações podem diminuir em cerca de 400 mil toneladas.
Já a produção de feijão é distribuída em três safras e, por esse motivo, pode ter ajustes maiores que as outras culturas ao longo do ano. O estímulo para uma safra é influenciado pelos resultados da colheita anterior. Com base nos dados atuais, a Conab estima produção também semelhante ao consumo.
A área pode ter pequeno aumento, mas a produtividade pode recuar. No balanço, a soma das três safras é esperada em 3,126 milhões de toneladas, o que significaria diminuição de 3,2% sobre a temporada passada.
Já para o algodão em pluma, a Conab projeta queda na área e na produtividade, com a produção devendo se limitar a 2,8 milhões de toneladas de pluma, redução de 6,2% sobre a safra passada.
Exportação
Mesmo com as dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19, as exportações de algodão em pluma caminham para um recorde. Até setembro deste ano, o total exportado foi de 1,2 milhão de toneladas, 49% a mais do que o acumulado do mesmo período no ano passado.
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Em relação ao milho, foi mantida a previsão de exportações em 34,5 milhões de toneladas. Em setembro, os embarques alcançaram 6,6 milhões de toneladas, 2,6% a mais que no mesmo período do ano passado.
Para a soja, a expectativa de venda para o mercado externo está em torno de 82 milhões de toneladas para este ano. Para o próximo, são esperadas cerca de 85 milhões de toneladas, o que representaria aumento de 3,7%. O suporte seria dado pelo câmbio, que pode se manter elevado nos próximos meses.
Fonte: Globo Rural e Conab